tag:blogger.com,1999:blog-54550078430964832232024-03-13T10:33:53.252-07:00Le mIe OsservaZioni"Tenho experiência do desejo de viver. Tenho experiência do amor, do ódio, da malícia e da vontade de esmurrar a mim mesmo no queixo. Trata-se de diferentes forças operando na minha cabeça. Pode se pensar nelas – desejo, amor, ódio – como inspiradas por diferentes divindades."
Joseph CampbellLe mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-15161648101666333592009-12-23T15:27:00.000-08:002009-12-23T19:27:17.283-08:00Caipora faz Monografia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEileCrdiDjUm91DX4t3eSnmyjuFovw-PT06oVWT8d6EyttqJsZ9W2hd7DXz7CPZMCEkT4f38Ux70jYdajLK3241Wv9axUx7ybJ23DrwaZkCTXcYiGaDMuzcunm3e56O7RPBVWIV0mKmec0/s1600-h/42-18841824.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5418604203216654002" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 134px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEileCrdiDjUm91DX4t3eSnmyjuFovw-PT06oVWT8d6EyttqJsZ9W2hd7DXz7CPZMCEkT4f38Ux70jYdajLK3241Wv9axUx7ybJ23DrwaZkCTXcYiGaDMuzcunm3e56O7RPBVWIV0mKmec0/s200/42-18841824.jpg" border="0" /></a> <div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Faz um ano que eu não escrevo aqui! Tanta poesia, tanta divÃgação, toda a externalização sob pressão adiada pela correria, trabalho e faculdade, todo o dia, de uma cidade para a outra.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Esta tarde ví minhas duas últimas notas de exame na Unip. Não foram as melhores, mas me garantiram média para dizer: ESTOU FORMADO.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Gosto do que cursei.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Não fui de comparecer em toda a santa aula, por ser ocupado, mais do que eu mesmo gostaria. Não fui de fazer relacionamentos excessivos, ou tão profundos que me fizessem compartilhar com os outros um compromisso de "fidelidade, oh!", que nem eu nem ninguém em verdade assumiu sequer consigo próprio. Não fui de puxar saco, fui autêntico, gostando dos professores com meu gostar verdadeiro, correto ou não. E acima de tudo, não fui perfeito, com orgulho fui errante e contei com espertezas, ao invés de contar com dificuldades. E em algumas vezes, também descobrí que é melhor estudar sozinho.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Discutir eternidades de razões: perda de tempo - preferí evitar ao máximo que pude, e quando não pude, creio ter atuado bem.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Sim, há aprendizados inesperados, graças aos Céus, e aprendizados esperados também (alerta para adiamentos excessivos). Flexibilidade e estabilidade juntas, e toda a impermanência prevista e não prevista.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">É sensacional.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Fumei tanto, feito uma Caipora, assim como outros das Monografias, durmí tão pouco e fiquei tão cansado! Afora isso, me sinto hoje o homem mais disposto do mundo. Amanhã, quando eu acordar, estarei novamente cansado, claro, mas não serei o mesmo. Aos 33 anos, termino uma Faculdade que tanto quís pagar e ainda não tinha conseguido. E pra falar a verdade, ainda faltam algumas parcelinhas! So sorry... </span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">RISOS!</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Sim, o Trabalho de Conclusão de Curso foi parecendo distante, foram tantas coisinhas bestas, desde uma primeira tentativa, dissolvida com um grupo. Exercícios de razões e inflexibilidades: muitos, graciosamente realizados do externo para o interno, e através de meditações não-institucionalizadas. </span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">E eu? "Nem aí" pra contra-torcida!</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Foi um divisor de águas. Cada um, agora formado, cairá em si sobre o feito, em 'fazimento', e por fazer. Aliás, isto é algo de uma complexidade tamanha, que não exclui ninguém, e obviamente, antes que se considere isto subjetivo ou ambíguo: não, também não me exclui, não sou adepto do jargão "você é culpado primeiro!".</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Estou feliz e (.)</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">E bebí neste dia D da apresentação, e bebo também hoje. Escrevo com um bom vinho na taça. E aguardo um mundo melhor, a começar pelo meu particular, com a alma em comemoração. Baco, como é bom beber pela felicidade!</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">INovadas relações emocionais. Verdes que verdejam sem esteriótipos, apoiados por uma linguagem que vê vários tons.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Era isso, era aquilo, blablablá... Foi-se! Agora o que é, simplesmente é e, sim, que o seja em múltiplas interpretações, da minha eu pago o preço. Sou recém-formado, trabalho com uma área diferente, estou solteiro, e quero continuar a estudar.</span></div><br /><div></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">O que vou fazer? Pensarei, com minha mente melhor situada sobre possíveis resultados. E já me desfaço sobre obsessões destes mesmos resultados.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Sei e não sei, me formei hoje. </span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Um felicíssimo Natal e um Bom Ano Novo para todos.</span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-37342159009331696742008-12-29T08:07:00.000-08:002009-12-23T17:14:58.351-08:00Happy New Year<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Adorei!</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Encaminhada por alguém que não pode ser nominado apenas como um mero amigo.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Feliz Ano Novo para todos nós.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><a href="http://www.sun7news.com/index.php?code=2DEC230Z2a897duz5vc1&CMP=OTC-WWYCOVS1001">http://www.sun7news.com/index.php?code=2DEC230Z2a897duz5vc1&CMP=OTC-WWYCOVS1001</a></span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Alegrias, ousadias, verdades, amores....</span>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-68914633724637960792008-11-08T07:08:00.000-08:002008-11-08T07:20:55.117-08:00Amar... Amar.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGbXYc7WikxaidjcAZVEMB11qv2rsewHOnFIKkZFtz_OXaVYna728kCc1oanWwKlZlrYAV2Yj1gM5xcxdY4b6NA6S9wK7eWio8UKiVbdX_09PFOzYL35QZ79S37ji_9Gl7HO6nbETHXUA/s1600-h/42-18503338.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5266306371554525426" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 177px; CURSOR: hand; HEIGHT: 134px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGbXYc7WikxaidjcAZVEMB11qv2rsewHOnFIKkZFtz_OXaVYna728kCc1oanWwKlZlrYAV2Yj1gM5xcxdY4b6NA6S9wK7eWio8UKiVbdX_09PFOzYL35QZ79S37ji_9Gl7HO6nbETHXUA/s200/42-18503338.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Capítulo I</span><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Versículo 6</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Amar é permitir sempre, </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">amar é deixar que o outro vá. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ou que fique, se assim o desejar. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Amar é ter um respeito absoluto </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">pela própria liberdade e pela liberdade do outro.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span> </div><div> </div><div></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Amar é compreender sempre. </span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E isso não significa apenas </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">entendimento racional, </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">vai além, muito além:</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span> </div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span> </div><div></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Amar é reconhecer</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">afetuosamente </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">o direito que o outro tem </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">de fazer suas escolhas.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mesmo que essas escolhas eventualmente me excluam.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Edson Marques, Manual da Separação, vol II.</span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-13163951159435528332008-07-12T14:22:00.000-07:002008-07-12T16:13:32.538-07:00A plenitude do espaço em branco<a href="http://bp3.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/SHk4rO382DI/AAAAAAAAAQU/ekU7KFEVPV8/s1600-h/Pensativo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5222267558291101746" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" height="124" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/SHk4rO382DI/AAAAAAAAAQU/ekU7KFEVPV8/s200/Pensativo.jpg" width="179" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Olhei este blog agora e pensei: acho que posso escrever pelo menos uma vez por mês...</span><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sabe aquelas fases em que você recebe sinais? Normalmente acontecem quando você precisa mudar sua vida de maneira significativa. E eu os tenho recebido. A mudança deve ser tanta que opto pelo silêncio. Coisas boas, mas quando representam novos imputs na sua personalidade, te deixam atônito, imcompreendido, sagaz, feliz e exausto. É um sofrimento necessário para a evolução. Outras não são tão boas assim, mas acho que pode ser um bom exercício fazer um pouco do que não gosto, e uma dádiva lidar com o que odeio.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O bom mudar acontece mesmo devagar, mas veja, quando você já passou por todos os insights, consciente ou inconscientemente, os sopros são tão rápidos! O melhor mesmo é deixar que a vida te leve, neste caso. Qualquer coisa que dê errado você grita, afinal a vida não é sua dona, que boa dona pode te abandonar depois de tanta coisa que se passou? Isso, grite... eu grito e tem dado certo. A vida é boa, life is good... Assim, ela também terá paciência se eu gritar na hora errada, ou até mesmo mudará seus caprichos se eu gritar com toda a força.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">O importante é atuar bem neste palco, experimentações e inexperiências, defeitos discutíveis, qualidades ambíguas, sonhos, razões. O melhor show é aquele que se faz enquanto vivo, pleno de seu próprio caminhar e desejo. Todos os desejos são iluminação, mundanos ou não, tem-</span><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">se apenas que lidar com eles, de preferência em harmonia.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Tantas vezes me pego pensativo, analisando tanta coisa... São impressionantes os resultados de meus pensares por vezes, mas aprendi a repensá-los sem medo. E aprendo a cada dia no que me amplio sobre este conceito. Terapia é bom para todos, consigo mesmo, com seu terapeuta, com a vida de seus próprios divagares.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">E belo é entender que tudo que você pensa, mesmo sem chegar a lugar algum, destruiu ou construiu muros em outros lugares, subjetivos locais da sua mente e sua alma, nata ou em elaboração. </span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Ser positivo é ser diferente dos clichés, é ter um plano e uma aura digna para recomeçar, de onde estiver, com mais chances de sucesso. E qualquer pensar ou escrita automática, com ou sem cortes, pode te ajudar nesta tarefa.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Cumpri a minha hoje.</span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-63770557949416107522008-06-14T10:52:00.000-07:002008-06-19T21:30:32.025-07:00Bizarrices<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1rl15B0x2Yz4HTgHFgtKPPLCFWXEZjgh-OYdrisiS8GN0ezB2JfQ_yJqvSxGzYEtDK1tFbCFl-bFBSquFXFTf3YgvQolJDNYHa9xlGldobImSTslCEnjM2d6gkRwQNo4gPPltXW89Xic/s1600-h/bizarro.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211815851249911090" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 168px; CURSOR: hand; HEIGHT: 103px" height="109" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1rl15B0x2Yz4HTgHFgtKPPLCFWXEZjgh-OYdrisiS8GN0ezB2JfQ_yJqvSxGzYEtDK1tFbCFl-bFBSquFXFTf3YgvQolJDNYHa9xlGldobImSTslCEnjM2d6gkRwQNo4gPPltXW89Xic/s200/bizarro.jpg" width="172" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ganhei uma maldição virtual da minha ultra amiga Nilma. Sim, amigos também amaldiçoam, mas oxalá todas as maldições fossem motivo apenas para uma divertida expressão de si mesmo, como esta. </span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">10 bizarrices minhas (por importância):</span><br /><br /><p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">1. Ando sempre com 2 meias (no pé, muita calma...)</span></p><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">2. Faço oferendas para um papiro (tem toda uma transubstanciação envolvida, mas...)</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">3. Não tomo banho todos os santos dias, mas prefiro fazê-lo sentado (influência européia e paixão por cremes e perfumes, sem me preocupar com cliché de 3º mundo - a parte de ficar sentado é para lavar e massagear os pés, eu tenho péssimo alongamento...)</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">4. Gosto de livros de auto-ajuda (sem justificativas)</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">5. Uma vez fui me consultar com uma índia que fazia previsões num copo d'água e, acreditem, recebi uma resposta com uma imagem que apareceu no fundo do copo, formada pela junção de uma sujeirinha com o logo da fabricante Nadir Figueiredo (fase confusa, sabe...)</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">6. Tenho estilo independente e moro com minha mãe aos 31 anos (comodidade e necessidade...)</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">7. Sempre inundo toaletes com banheiras de hidromassagem (impressionante que nem adianta reduzir o volume da água!)</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">8. Acordo com olheiras e coçando um tanto a cabeça e axilas (corretores diários, laquê e preguiça pra depilar com regularidade - isto continuará por algum tempo...)</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">9. Me vestia como surfista, fazia desenhos em relevo no meu próprio cabelo e dançava axé (graças aos céus, a vida muda sim, fiquem tranquilos...)</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">10. Já ensaiei uma peça de teatro com meus pares num ônibus para a zona leste de madrugada (me preocupo com a cultura das comunidades)</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Como ela reduziu celticamente o envio da madição para uma única pessoa (muito perspicaz), por precedente, aqui repasso para: </span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Rita Santana</span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><a href="http://www.fotolog.com/phodasticgroupie">http://www.fotolog.com/phodasticgroupie</a></span>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-65555944986528424602008-04-06T17:22:00.000-07:002008-04-06T20:02:22.840-07:00Um brinde ao Afago redescoberto<a href="http://bp0.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/R_lwWxtSuxI/AAAAAAAAALo/SC94InXoptI/s1600-h/42-18302437.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5186299982496578322" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/R_lwWxtSuxI/AAAAAAAAALo/SC94InXoptI/s200/42-18302437.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">De volta ao blog, mas com pouco tempo para escrever, sejam devaneios ou verdades, pensamentos ou concordâncias... Mas tenho sido minha própria redescoberta.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Algo merece comentário. E poucos realmente entenderão. Brindo com um poema, recebido na hora eficaz.</span><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnJJiI0Qk8CjHay_ushffC4TDs6gpuegQ-06SOwZY-zuEYzNNo3wd9_DYYV0B2URJgfOQAeI0PacsszKL52Ovyi39nvBxPKSkk1ewZn5CUe5a6li0BmQjhcMUa1pthrj5vim8mdW1cV1w/s1600-h/42-18302437.jpg"></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Escolho-me como se fosse feijão,</span><br /><div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">e depois me cubro de amores</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">como se fossem </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">as Rosas – soltinhas, deliciosas e floridas.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Por isso é que me como todo, no ato.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E me lambuzo na minha própria Gostosura.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sou eu mesmo o meu prato preferido, meu Amor.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tenho fome de mim.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sacia-me.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">by Edson Marques</span></div></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-11677448218645827602007-12-26T12:38:00.000-08:002007-12-26T13:03:03.155-08:00FELIZ ANO BOM<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ninguém é obrigado a ser derrotado.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">São os limites da consciência que precisam ser dissolvidos. Neste silêncio, pensamentos podem ceder por um tempo, nada pode haver a não ser uma grande liberdade e amplidão sem limites.</span> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWS1rZBpNoBnC3TWQwejKhD6qeYZRLhK1R65soy77D-y7CAhvq_oG50mstnzwhtRqBE08r2UQfxmpCfjUAWxV_pIiHQrD1tHDkATNxxKVlnsOepik5Yt4I_Bud0vQyR0stv8yF3ybxu80/s1600-h/42-18066513.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5148386906239482738" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWS1rZBpNoBnC3TWQwejKhD6qeYZRLhK1R65soy77D-y7CAhvq_oG50mstnzwhtRqBE08r2UQfxmpCfjUAWxV_pIiHQrD1tHDkATNxxKVlnsOepik5Yt4I_Bud0vQyR0stv8yF3ybxu80/s200/42-18066513.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Mas para dentro deste silêncio, desta amplidão vazia desce a vasta paz de cima, luz, alegria, conhecimento, a Consciência mais alta na qual se sente a unicidade do Divino. É o começo da transformação. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />É preciso encontrar nas profundezas de seu ser aquilo que contém em si um sentido de universalidade, de expansão sem limites, de duração sem interrupção. Então você se descentraliza, se espalha. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Concentrar-se principalmente no seu próprio crescimento e experiência espiritual é a primeira condição para um buscador - ser ávido em ajudar aos outros provoca o desvio do trabalho interno.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quase ninguém é forte o suficiente para superar, por sua aspiração e vontade não ajudadas, as forças da natureza mais baixa; mesmo aqueles que o fazem, conseguem somente uma certa espécie de controle mas não um domínio completo.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Vontade e aspiração, portanto, são necessárias para trazer para nós a ajuda da Força Divina e para manter o ser do lado dela quando lida com os poderes mais baixos. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Não importa que defeitos você possa ter em sua natureza. A única coisa que importa é você se manter aberto à Força. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Ninguém pode se transformar por seus próprios esforços sem qualquer ajuda; é através da Força Divina que você se transforma. Se você se mantém aberto, todo o resto será feito por você.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O Poder Superior não joga dados com o Universo.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Se você não tem Boa Sorte agora, talvez seja porque está sob as circunstâncias de sempre. Para que ela chegue, é conveniente criar novas circunstâncias. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWS1rZBpNoBnC3TWQwejKhD6qeYZRLhK1R65soy77D-y7CAhvq_oG50mstnzwhtRqBE08r2UQfxmpCfjUAWxV_pIiHQrD1tHDkATNxxKVlnsOepik5Yt4I_Bud0vQyR0stv8yF3ybxu80/s1600-h/42-18066513.jpg"></a></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Se você deixar para amanhã o trabalho que precisa ser feito, a Boa Sorte talvez nunca chegue. Criar as condições favoráveis requer dar um primeiro passo. Faça isso neste Novo Ano.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span><br /><br /><p></p><p><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">PARA TODOS, BOAS FESTAS E</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"> FELICIDADES EM 2008!</span> </p><p align="right"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:78%;">Frases: Sri Aurobindo, Mira Alfassa e Fernando Trias de Bes</span></p>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-713504926939754612007-11-25T09:12:00.000-08:002007-11-25T09:57:42.583-08:00Amor Moderno<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Esta matéria é interessantíssima. Um tapa na minha cara deslavada, eu, moderno e complexo, tão dono de mim e tão pouco do terrítório de meu nariz italiano. Por isso a transcrevo, expressando minha concordância e ao mesmo tempo, minha repulsa. Ainda vou me decidir por um sentimento só, equalizar.</span><br /><br /><div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#333333;">Amor moderno: meu orgulho atropelado pelo amor<br />De Margaret Meehan</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#333333;">The New York Times</span><br /></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Aos 23 anos, eu tinha me apaixonado por cigarros, suflê de chocolate, meu gato e (pela TV) James Franco em "Freaks and Geeks". Mas ainda não tinha experimentado um verdadeiro romance humano.Depois de passar meus anos de colégio nas laterais do amor, eu naturalmente desprezava qualquer um que estivesse dentro do jogo. Então cheguei a Nova York dois anos atrás como uma anti-romântica hipócrita que zombava das idealistas de olhar brilhante, considerava o sexo um ato impensado entre dois imbecis e tinha pena das mulheres que<a href="http://bp3.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/R0m1wuqu7DI/AAAAAAAAAJo/mOJg5lT32RQ/s1600-h/25amor.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5136836698758376498" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/R0m1wuqu7DI/AAAAAAAAAJo/mOJg5lT32RQ/s200/25amor.jpg" border="0" /></a> perdiam sua identidade e sua independência ao mergulhar naquele vazio insignificante chamado "amor". </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span> </div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Eu, a anti-romântica, fiquei enlouquecida por esse ele, medíocre mas encantadorSe o Trem do Amor um dia parasse na minha estação, eu pretendia caçoar dos idiotas a bordo, acenando da minha plataforma de solteira auto-suficiente enquanto eles se afastariam e se tornariam um borrão de sentimentalismo no horizonte.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mas então aconteceu. Numa noite de quinta-feira, enquanto eu entornava vodcas-sodas num bar do East Village, o Trem do Amor achou o caminho do meu coração de gárgula irritada. Freou junto à minha banqueta com um chiado, e ele desceu. Para minha surpresa, eu não apenas o recebi de braços abertos e com uma admiração apaixonada, como passei a sacrificar todo o meu orgulho, amor-próprio e moralidade durante nosso relacionamento de um ano. Tudo em nome do que eu mais detestava: amor!</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ele era absurdamente bonito, quase alienígena com seus lábios grossos, olhos azuis e pele morena. E como naquela virada improvável em todo filme de Molly Ringwald ele se aproximou de mim, uma antissocial. Fiquei cativada e caí presa daquela outra idéia repulsiva reservada aos idiotas: amor à primeira vista. Conversamos sobre Hemingway e Henry Miller, e então nos beijamos apaixonadamente. Depois que ele bateu com a garrafa de cerveja no balcão e declarou "Você vai ser minha namorada!", trocamos telefones.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Nos meses seguintes, sem a permissão de minha lógica ou o bom julgamento do meu intelecto, fiquei enlouquecida por esse músico medíocre mas encantador. Passávamos a noite toda acordados escutando Billie Holiday e Sam Cooke, andamos de mãos dadas a ponto de sentir cãibras pelo parque de Tompkins Square e admirávamos de modo nauseante cada movimento do outro. </span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span> </div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ele rabiscou poemas proclamando sua adoração por meu cabelo, e até por meus dentes, em vários objetos do meu quarto: o retrato de Patti Smith, o manual do meu DVD, uma garrafa de vinho vazia. Tentamos assistir "Antes do Amanhecer" várias vezes, mas sempre tínhamos de parar no meio do discurso meloso de Ethan Hawke, como se estivéssemos ansiosos demais para trocar nossas próprias histórias de traumas de infância, segredos de família e as dores de nossas existências. Ele gravou canções sobre cavalos e poças de lama em um tom country choroso num gravador barato e me deu as fitas como gestos de amor. Eu as escutava sozinha, ignorando a culpa pelo meu passado de insensibilidade e arrulhando como uma pombinha idiota. Agora sentia-me próxima dos românticos franceses do final do século 19. Tinha passado de uma teimosa Holden Caulfield para uma inebriada Baudelaire.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quando nos conhecemos, ele dormia num colchão de ar no chão da cozinha do apartamento de seu colega de banda, com a intenção de um dia alugar lugar um apartamento. Depois que ele dormiu em minha casa na primeira noite, mudou-se para meu apartamento sem perguntar, e sem eu realmente perceber. Logo senti falta da minha solidão, do conteúdo da minha geladeira e do dinheiro que eu periodicamente lhe emprestava (ele raramente tinha o suficiente para a passagem do metrô). Mas permiti que ele alimentasse seus vícios em minha casa e com meus recursos, desde que me deixasse alimentar o meu vício: ele.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mas eu conservava sensatez suficiente para forçá-lo (mas não demais) a procurar um lugar para ele. E foi nessa época, em um passeio à tarde pela minha região do Brooklyn, que ele e eu passamos pelo dilapidado Greenpoint Hotel. Parecia bastante inócuo, não muito distante do rio East.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mas então encontramos uma reportagem de um jornal online afirmando que era um dos estabelecimentos com quartos de solteiro mais usados por prostitutas e viciados em Nova York. E ele decidiu que por US$ 100 por semana o lugar era imbatível. Talvez ele acreditasse que poderia viver seu Kerouac reprimido —o artista torturado juntando-se a um bando de vagabundos depravados para alimentar a produtividade artística.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Minhas reservas aumentaram. Eu não conseguia mais suportar suas excentricidades com humor, dizendo a mim mesma "Ele é tão livre!" ou "É bacana como ele despreza as normas sociais". Mas ainda assim decidi reprimi-las, jogando meus padrões pela janela junto com meu cinismo. O amor provara que eu estava errada: era real e estava lá, suplicando-me para apaziguá-lo por mais deploráveis que fossem as circunstâncias. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Pouco depois de ele mudar para o Greenpoint Hotel, tivemos uma discussão acalorada diante de um bar em Manhattan onde eu tinha comemorado meu 24º aniversário. Para ele, a humilhação de não ter dinheiro suficiente para me pagar uma cerveja superou sua obrigação de ficar e cantar "Parabéns" para mim. Quando ele terminou a única cerveja que podia pagar, saí com ele, chateada porque ele ia embora, mas tentando não ser dramática.Quando ele acendeu um cigarro, eu disse calmamente: "Estou decepcionada porque você vai embora". E ele respondeu: "Então agora você quer me fazer sentir culpado?" E lá se foi.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Na minha mente saqueada pelo amor, aquela criatura maravilhosa não era apenas meu namorado, mas a própria personificação do amor; a abstração antes intangível havia se tornado uma entidade viva e respirante na qual eu podia encostar meu rosto e envolver meus braços. E eu não ia deixá-lo fugir, ainda mais no meu aniversário. Então fiz o que qualquer romântica autodestrutiva faria: corri atrás dele. Em plena Avenue A, de vestido de lantejoulas e sapato de salto, correndo como um animal faminto. E quando meus saltos alcançaram as botas marrons do Amor, eu pretendia subjugá-lo. Mas errei e em vez disso me tornei uma bola de raiva enlouquecida, chutando e gritando na noite enquanto ele se afastava cada vez mais —meu idiota, meu namorado, meu amor.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Depois da minha explosão ele parou de se comunicar comigo, um gesto que só aumentou minha paixão. Pela primeira vez na vida eu senti a dor esmagadora do coração; era como se meus órgãos internos estivessem inchados e pressionassem minhas costelas.</span></div><br /><div></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Minhas dores comuns pareciam totalmente originais para mim, quase revolucionárias. Passei uma semana inteira (ou foi o que pareceu) agachada nas esquinas das ruas com as palmas das mãos voltadas para o céu, pensando coisas novas como "Ninguém jamais entenderá" e "Esta é a primeira vez na história que uma dor semelhante é sentida por um ser humano". Em tempos mais felizes, ele havia tocado para mim a canção "Damaged" do Primal Scream, dizendo: "Esta canção me faz amá-la tanto que eu quero morrer". Então eu cantei a letra em sua caixa postal: "Doces dias de verão quando eu me sentia tão bem, só eu e você, garota, que tempo maravilhoso. Oh, sim, eu me sentia tão feliz, minha, minha, minha", com o "minha, minha, minha" final rouco, quase um grito silencioso, para fazê-lo ter ainda mais pena de mim. Então liguei mais 17 vezes, a cada vez adorando ouvir sua voz gravada.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Eu tinha uma última opção: ir até o Greenpoint Hotel. Depois daquela noite terrível de ligações incessantes, acordei às 8h banhada em suor, em um pânico amoroso. Saí do apartamento e fui na minha bicicleta até a porta do cortiço.Ele tinha me mostrado seu minúsculo apartamento uma semana antes (sob a condição de que, para minha própria segurança, eu me escondesse embaixo de um capuz e ficasse ao lado dele), e me lembrei do andar e do número do quarto. Entrei hesitante nos corredores turquesa malcheirosos e percorri um labirinto de corredores, passando por homens mal-encarados e rapazes bebendo cerveja. </span></div><div> </div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Prendi a respiração para evitar o fedor de água sanitária e urina enquanto subia os três andares de escadas cheias de papéis de comida, latas de cerveja, sacos de droga e gatos sem dono. Cheguei até a porta dele, na qual havia a seguinte mensagem, escrita em marcador preto: "Por favor não bata forte, sou cardíaco" (palavras aparentemente escritas pelo último inquilino, um velho que realmente morreu na mesma cama em que meu namorado dormia hoje). Sim, eu estava prestes a suplicar o amor de um homem que dormia na cama de um morto em um quarto de 2,5 x 2,5 metros, de aluguel semanal.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Levantei o punho trêmulo até a porta e bati suavemente três vezes, depois mais alto e mais forte, até que estava esmurrando como uma louca. Finalmente desisti e despenquei junto à porta em um monte de soluços. Então lá estava eu, uma garota com educação universitária e um currículo brilhante, uma família amorosa e todas as outras características incômodas de uma vida maravilhosa, tremendo no chão manchado de urina de um cortiço. E eu fazia tamanha cena que o inquilino do lado, um homem enorme de shorts rasgados, saiu de seu covil, apontou um dedo acusador para mim e gritou: "Garota, você precisa arrumar a sua cabeça". Eu lentamente me recompus e me arrastei para fora do prédio.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E então meu namorado voltou para mim! Por um mês. E aí anunciou que ia me deixar por outra mulher. Eu me agarrei a ele e solucei, ensopando sua camiseta branca com minhas lágrimas, batendo meus punhos em seu peito, suplicando a ele e aos deuses que nos permitissem ficar juntos. Mas de repente parei de chorar e gritei, quase confusa: "Espere. Quem quer realmente namorar você?" </span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Meu momento de clareza finalmente havia chegado. O que eu estava fazendo?</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Alguém poderia pensar que essa experiência me deixaria amarga para o amor e traria de volta, como vingança, minha hostilidade ao romance. Mas não. Pelo contrário, e mais uma vez negando a razão, ainda o quero muito. Ou, mais precisamente, quero aquela sensação que tudo consome. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sim, sou eu. Antes totalmente cínica em relação ao amor, hoje sou prisioneira dele, ou melhor, uma passageira, tendo encontrado um lugar muito confortável no Trem do Amor, lotado com outros tolos patéticos e soluçantes e prestes a partir para destinos condenados, perturbados e talvez até insalubres —onde o coração manda e a mente obedece. </span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">UOL</span></div></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-64898033689596704792007-11-21T19:38:00.000-08:002007-11-22T06:37:37.263-08:00O Tigre e a Neve<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg44mR5vPPBK4LM5vAY6g7OwAVqPPUB9t8ZAijmLnhW-1tenqf9-mbH23-wEPDgCl3wZTvl8hipSk_GR3ggyzdRDaqSgxXF_ncjVHGHJ-5MIHilr_Mi76McTZSfW0E_2MUq7SDcz36-Hzk/s1600-h/14197ft3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135673724693834754" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg44mR5vPPBK4LM5vAY6g7OwAVqPPUB9t8ZAijmLnhW-1tenqf9-mbH23-wEPDgCl3wZTvl8hipSk_GR3ggyzdRDaqSgxXF_ncjVHGHJ-5MIHilr_Mi76McTZSfW0E_2MUq7SDcz36-Hzk/s200/14197ft3.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Este filme facilmente se tornou o meu preferido.<br /><br />Me tocou como poucos filmes consiguiriam, com tal beleza e espanto, que tenho de transcrever alguns dos ditos com algum senso poético.<br />A simplicidade e a complexidade da poesia utópica em um só filme.<br /><br />Destaque para os primeiros 4 minutos do filme. Eles podem ser vistos no Youtube, juntamente com mais informações, através do link:<br /></span><a href="http://www.guiadasemana.com.br/film.asp?/O_Tigre_e_a_Neve/CINEMA/BELO_HORIZONTE/&a=1&ID=11&cd_film=1561&cd_city=39"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O Tigre e a Neve</span></a><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br /><br /><span style="color:#ff9900;">Vittoria, atuação de Nicoleta Braschi</span><br /><br />Attilio de Giovanni,<br />Eu canto teu nome.<br /><br />Ele me abre as portas do paraíso<br />Jamais hei de te perder<br />Queiram os deuses assim.<br /><br />Quando me beijas<br />Surgem os Cavaleiros do Apocalipse<br />E quando penso em teu corpo,<br />tão difícil e belo,<br />a vertigem me arrebata.<br /><br />A tua divindade máscula sobe ao céu<br />És belo, tú, girassol,<br />enlouquecido de luz.<br /><br />Cada vez que teus olhos se erguem,<br />acende-se o firmamento.<br /><br />Amigos, eis que a Terra,<br />como uma mãe,<br />amamenta sua criatura mais bela.<br /><br />O amor, tudo está no ápice de seu fervor<br />Da minha garganta às estrelas,<br />alça vôo a palavra, qual cometa d'ouro:<br />Te amo.<br /><br />Quero fazer amor contigo agora.<br /><br /><br /><span style="color:#ff9900;">Attilio di Giovanni, atuação de Roberto Benigni</span><br /><br />Vistam bem seus poemas!<br />Procurem bem as palavras!<br />Escolham-nas!<br />Às vezes, levam-se oito meses para achar uma palavra!<br />Escolham-nas, pois a beleza começou quando alguém começou a escolher!<br /><br />Apaixonem-se e tudo vive, tudo se move.<br />Dilapidem o prazer,<br />esbanjem alegria,<br />sejam tristes e taciturnos com exuberância.<br />Soprem no rosto das pessoas a felicidade.<br />Para transmitir a felicidade<br />é preciso estar feliz.<br />Para transmitir a dor<br />é preciso estar feliz.<br />Sejam felizes!<br />Precisam padecer, ficar mal, sofrer!<br />Não tenham medo de sofrer,<br />o mundo inteiro sofre!<br /><br />E se não tiverem as ferramentas,<br />não se preocupem.<br />Afinal, pra fazer poesia,<br />é preciso apenas uma coisa:<br />Tudo.</span>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-7281521324730817372007-11-19T09:54:00.000-08:002007-11-21T19:43:01.276-08:00Sobre as diferenças entre Cristianismo e Islamismo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZEzYrnGdJ3OtwtT59Ix2_fuZLvfnv9d8yYnVATQt9kyzXEf6FtqzSORlRYkz569sXpMXrsmT0koi6dBs-oEIsvVFMy9DcjFmHfnEWJ2FfMPhX0mD1CB8PU6hwSyV5jQz-tAc93PO0FGI/s1600-h/analisereligiao32q5hjka.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5134612880656624594" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZEzYrnGdJ3OtwtT59Ix2_fuZLvfnv9d8yYnVATQt9kyzXEf6FtqzSORlRYkz569sXpMXrsmT0koi6dBs-oEIsvVFMy9DcjFmHfnEWJ2FfMPhX0mD1CB8PU6hwSyV5jQz-tAc93PO0FGI/s200/analisereligiao32q5hjka.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Na cristandade e no islamismo, os conceitos de amor a Deus e amor ao próximo diferem invariavelmente.</span><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Adrian Pabst*</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">No mês passado, 138 estudiosos muçulmanos dirigiram uma carta aberta ao papa Bento 16 e a outros líderes cristãos em que pedem um novo diálogo entre a cristandade e o islã, com base nos textos sagrados. Intitulado "Uma palavra comum entre nós e vocês", o documento afirma que os princípios comuns dos muçulmanos e cristãos de amar a um só Deus e amar ao próximo oferecem o tipo de terreno comum entre as duas religiões que é necessário para se ter respeito, tolerância e compreensão mútuas.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A publicação dessa carta coincidiu com o aniversário de outra carta aberta em resposta ao polêmico discurso do papa em Regensburg em 12 de setembro de 2006, quando ele pareceu ligar a violência na religião à transcendência absoluta de Deus no islamismo. Sua tese era que, de acordo com os ensinamentos muçulmanos, a vontade de Deus é totalmente inescrutável e, portanto, não pode ser conhecida pela razão humana -com a implicação de que as injunções divinas não podem ser plenamente compreendidas e devem ser obedecidas cegamente.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Contra esse pano de fundo, a última iniciativa dos acadêmicos muçulmanos marca uma tentativa de afastar o diálogo entre as religiões dos debates sobre razão e revelação, em direção a uma leitura escritural. As relações cristãs-muçulmanas, segundo esse argumento, são melhor servidas pelas interpretações textuais que salientam os mandamentos e as crenças comuns.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mas sugerir, como fazem os autores de "Uma palavra comum", que muçulmanos e cristãos são unidos pelos mesmos dois mandamentos mais essenciais de suas respectivas crenças e práticas -o amor a Deus e o amor ao próximo- é teologicamente dúbio e politicamente perigoso.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Do ponto de vista teológico, isto omite diferenças elementares entre o Deus cristão e o Deus muçulmano. O Deus cristão é um Deus relacional e encarnado. Além disso, o Novo Testamento e os primeiros textos cristãos falam em Deus como uma única divindade com três pessoas igualmente divinas -Pai, Filho e Espírito Santo.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Isso não é meramente um ponto da doutrina, mas algo que tem implicações políticas e sociais significativas. A igualdade das três pessoas divinas é a base da igualdade entre a humanidade -cada ser é criado à imagem e semelhança do Deus triádico.Em conseqüência disso, a cristandade pede uma sociedade radicalmente igualitária, além de quaisquer divisões de raça ou classe. A promessa de igualdade e justiça universais que é encapsulada neste conceito de Deus fornece assim aos cristãos uma maneira de questionar e modificar não apenas as normas da ordem política prevalecente como também as práticas sociais (freqüentemente perversas) da igreja.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Em contraste, o Deus muçulmano é desencarnado e absolutamente uno. Não há Deus além de Deus, ele não tem sócio. Esse Deus é revelado exclusivamente a Maomé, o mensageiro (ou profeta), por meio do arcanjo Gabriel. Como tal, o Corão é a palavra literal de Deus e a revelação divina definitiva, anunciada primeiramente aos hebreus e depois aos cristãos.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mais uma vez, este relato de Deus tem conseqüências importantes para as relações políticas e sociais. O islamismo não postula simplesmente divisões absolutas entre os que se submetem ao seu credo central e aqueles que o negam; também contém injunções divinas contra os apóstatas e os descrentes (embora proteja os fiéis judeus e cristãos).Além disso, o monoteísmo radical islâmico tende a fundir a esfera religiosa com a política: ele privilegia a autoridade unitária absoluta sobre as instituições intermediárias e também dá ênfase à conquista e ao controle territoriais, sob o comando direto de Deus.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Estas (e outras) diferenças implicam que cristãos e muçulmanos não adoram ou acreditam no mesmo Deus; em conseqüência, nas duas crenças o amor a Deus e o amor ao próximo diferem invariavelmente.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ao ignorar essas divergências fundamentais, os autores da carta aberta perpetuam mitos sobre cristãos e muçulmanos orarem de maneiras diferentes ao mesmo Deus. Pior, eles exibem uma teologia simplista de monoteísmo absoluto, não-mediado.Dessa maneira, servem inadvertidamente aos extremistas religiosos dos dois lados, que alegam ter um conhecimento imediato, total e conclusivo da vontade divina somente por meio da fé.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O problema de todas as interpretações textuais é que elas são, por definição, particulares e parcialmente subjetivas. Sem conceitos universais e padrões objetivos como a racionalidade, os acadêmicos diferem dos extremistas meramente em termos de suas intenções honrosas.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Por isso o perigo político de enfocar o diálogo cristão-muçulmano na leitura textual é que ela negligencia as especificidades teológicas de cada religião e suas implicações sociais; como tal, essa abordagem mina a compreensão mútua que pretende oferecer mas deixa de produzir.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Cristãos e Muçulmanos não podem mais evitar as diferenças fundamentais que distinguem suas religiões. A melhor esperança de paz e tolerância genuínas entre a cristandade e o islã é ter uma discussão teológica adequada sobre a essência de Deus e a natureza da paz e da justiça. De outro modo, o diálogo entre religiões representará pouco mais que as platitudes gentis de políticos e diplomatas. Em nome do compromisso comum com a verdade e a sabedoria, cristãos e muçulmanos devem ter discussões sólidas que sejam teologicamente informadas e politicamente francas.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">É claro que isso não impede a cooperação pragmática entre as religiões sobre questões de interesse comum, como o secularismo agressivo, o ateísmo militante e, mais importante, a violência na religião.Mas os fundamentalistas dos dois lados só serão intelectualmente derrotados e politicamente marginalizados por uma crença arrazoada e uma discussão racional -e não pela interpretação textual subjetiva.* </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:78%;">Adrian Pabst é professor de religião e política na Universidade de Nottingham, Grã-Bretanha, e bolsista de pesquisa no Instituto de Estudos Europeus e Internacionais em Luxemburgo.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves</div></span><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Fonte: International Herold Tribune<span style="font-size:100%;"> </span></span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-65900002594499723352007-11-02T20:31:00.000-07:002007-12-28T05:23:37.748-08:00Mude<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwhdeZbVb3FUuSEQIdW9Kj0AEemrM48eeQVF-Zmrpu8pvmqG4HIOVcxG3v-JzCFnpxnQ1Ayx7xRh3ZIIniA_LlXNIQ1KjFhbsUtn7Q9DLRMb6idhi1TQNMIQuWT8PczuUiS6mmzrb_1nw/s1600-h/42-17182337.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5128455169396325138" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwhdeZbVb3FUuSEQIdW9Kj0AEemrM48eeQVF-Zmrpu8pvmqG4HIOVcxG3v-JzCFnpxnQ1Ayx7xRh3ZIIniA_LlXNIQ1KjFhbsUtn7Q9DLRMb6idhi1TQNMIQuWT8PczuUiS6mmzrb_1nw/s200/42-17182337.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mude, mas comece devagar,</span><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">porque a direção é mais importante que a</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">velocidade.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mais tarde, mude de mesa.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">calmamente, observando com</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">atenção os lugares por onde você passa.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tome outros ônibus.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mude por uns tempos o estilo das roupas.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Dê os seus sapatos velhos.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Procure andar descalço alguns dias.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Veja o mundo de outras perspectivas.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Durma no outro lado da cama...</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Depois, procure dormir em outras camas</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Assista a outros programas de tv,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">compre outros jornais... leia outros livros.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Viva outros romances. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Não faça do hábito um estilo de vida.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ame a novidade.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Durma mais tarde.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Durma mais cedo.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Corrija a postura.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">novos temperos, novas cores, novas delícias.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tente o novo todo dia.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O novo lado, o novo método, o novo sabor,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A nova vida.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tente.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Busque novos amigos.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tente novos amores.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Faça novas relações.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Almoce em outros locais,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">vá a outros restaurantes,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">tome outro tipo de bebida,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">compre pão em outra padaria.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Almoce mais cedo,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">jante mais tarde ou vice-versa. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">outro creme dental...</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tome banho em novos horários.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Use canetas de outras cores.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Vá passear em outros lugares.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ame muito,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">cada vez mais,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">de modos diferentes.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Troque de bolsa, de carteira, de malas,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">troque de carro, compre novos</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">óculos, escreva outras poesias.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Jogue os velhos relógios,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">quebre delicadamente</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">esses horrorosos despertadores.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Abra conta em outro banco.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">outros teatros, visite novos museus.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mude.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Lembre-se de que a Vida é uma só.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E pense seriamente em arrumar um outro emprego,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">uma nova ocupação,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">um trabalho mais light, mais prazeroso,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">mais digno, mais humano.<br /></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Seja criativo.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">longa, se possível sem destino.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Experimente coisas novas.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Troque novamente.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mude, de novo.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Experimente outra vez.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Você certamente conhecerá coisas melhores</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">e coisas piores do que as já</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">conhecidas, mas não é isso o que importa.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O mais importante é a mudança,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">o movimento, o dinamismo, a energia.</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Só o que está morto não muda !</span></div><div><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">sem o qual a vida não vale a pena !!!<br /><br /><span style="font-size:78%;">A autoria deste poema está costumeiramente atribuída a Clarice Lispector, mas soube recentemente que (vide cometários), na verdade, o verdadeiro autor é <strong>Edson Marques</strong>. Interessante que há um trâmite para recuperar o mérito da autoria. Uma empresa chamada Leo Burnett, responsável por propagandas da Fiat, também atribuiu a autoria para Clarice. Liguei lá algumas vezes e ninguém atendeu.</span></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><span style="font-size:78%;">O blog do Edson Marques está em meus recomendados, e lá se pode ter mais informações a respeito disso.</span></span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-73144520300610964642007-10-14T13:17:00.000-07:002007-10-14T15:11:40.140-07:00Armadilhas da Língua<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo8MShtxvKdoqaxvp4HEpXDDr_e6r9i9NdpUwQzJ8YipnrbE4p61iMoFWuQ8B09bPXsPvQ4Zc1LphfGCtrZWZLp-C5buh_V4HLTvEVw7FosLGtQUrQFhxIQuwmCMMUO5pbA5qYq4D0e4U/s1600-h/librocoppola.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5121318179894319330" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo8MShtxvKdoqaxvp4HEpXDDr_e6r9i9NdpUwQzJ8YipnrbE4p61iMoFWuQ8B09bPXsPvQ4Zc1LphfGCtrZWZLp-C5buh_V4HLTvEVw7FosLGtQUrQFhxIQuwmCMMUO5pbA5qYq4D0e4U/s200/librocoppola.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Você sabe o que é tautologia? </span><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. O exemplo clássico é o famoso "subir para cima" ou o "descer para baixo". Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir: </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />- elo <em><span style="color:#666666;">de ligação</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- acabamento <em><span style="color:#666666;">final </span></em></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- certeza <em><span style="color:#666666;">absoluta</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- quantia <span style="color:#666666;"><em>exata</em> </span></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- nos dias 8, 9 e 10,<em> <span style="color:#666666;">inclusive</span></em><span style="color:#333333;"> </span></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- juntamente <span style="color:#666666;"><em>com</em> </span></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- <em><span style="color:#666666;">expressamente</span></em> proibido </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- em duas metades <span style="color:#666666;"><em>iguais</em> </span></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- sintomas<span style="color:#666666;"> <em>indicativos</em></span> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- há anos<span style="color:#333333;"> </span><span style="color:#666666;"><em>atrás</em></span> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- vereador <em><span style="color:#666666;">da cidade</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- <span style="color:#333333;"><em><span style="color:#666666;">outra</span></em> </span>alternativa </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- detalhes <em><span style="color:#666666;">minuciosos</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- a razão é <em><span style="color:#333333;">porque</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- anexo<span style="color:#999999;"> </span><span style="color:#666666;"><em>junto</em></span> à carta </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- de sua <span style="color:#666666;"><em>livre</em> </span>escolha </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- superávit <em><span style="color:#666666;">positivo</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- <em><span style="color:#666666;">todos</span></em> foram unânimes </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- conviver <em><span style="color:#666666;">junto</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- fato <span style="color:#666666;"><em>real</em></span> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- encarar <em><span style="color:#666666;">de frente</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- multidão <em><span style="color:#666666;">de pessoas</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- amanhecer <em><span style="color:#666666;">o dia</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- criação <em><span style="color:#666666;">nova</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- retornar <em><span style="color:#666666;">de novo</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- empréstimo <span style="color:#666666;"><em>temporário</em> </span></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- surpresa <em><span style="color:#666666;">inesperada</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- escolha <span style="color:#666666;"><em>opcional</em> </span></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- planejar <em><span style="color:#666666;">antecipadamente</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- abertura <em><span style="color:#666666;">inaugural</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><em><span style="color:#666666;">continua a</span></em> permanecer </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- a <em><span style="color:#666666;">última</span></em> versão definitiva </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- <em><span style="color:#666666;">possivelmente</span></em> poderá ocorrer </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- comparecer <em><span style="color:#666666;">em pessoa</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- gritar <em><span style="color:#666666;">bem alto</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- propriedade <em><span style="color:#666666;">característica</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- <em><span style="color:#666666;">demasiadamente</span></em> excessivo </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- a seu critério <em><span style="color:#666666;">pessoal</span></em> </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- exceder <em><span style="color:#666666;">em muito</span></em>.</span> </div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-20953824807421258072007-10-09T21:35:00.000-07:002007-10-09T22:24:35.578-07:00Índio sim, com muito orgulho<a href="http://bp0.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/RwxbPS5Z2MI/AAAAAAAAAIQ/sAmhVcVJP3c/s1600-h/Eul%C3%A1lia%2BBagno.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5119567194742184130" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/RwxbPS5Z2MI/AAAAAAAAAIQ/sAmhVcVJP3c/s200/Eul%C3%A1lia%2BBagno.jpg" border="0" /></a><strong><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Uso do pronome MIM como Sujeito de Infinitivos </span></strong><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">PARA + MIM + INFINITIVO </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">- É para mim responder?<br />- Para mim explicar?</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Existem três hipóteses que demonstram a sintaxe ainda considerada não padrão, para buscar explicações científicas.<br /><br /></span></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">1) CRUZAMENTO SINTÁTICO</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tentativa de dizer as duas coisas no mesmo enunciado: resumo das informações contidas. </span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">1.João trouxe um monte de livros para mim.<br />2.João trouxe um monte de livros para eu escolher.<br />3.João trouxe um monte de livros para mim escolher.<br /></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">BRAQUILOGIA: Termo técnico que resume duas idéias numa só expressão.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />2) GANHA QUEM CHEGAR PRIMEIRO<br /><br />Norma padrão: </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />-“Depois de preposição, pronome oblíquo”.<br />-“Na função de sujeito de um verbo, o pronome deve figurar no caso reto”.<br />João trouxe um monte de livros para [ ] escolher.<br /></span><br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A preposição PARA, por ter chegado primeiro, pôde empurrar para dentro do espaço vago o pronome mim, que ela rege:<br />João trouxe um monte de livros para mim escolher.<br /></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />3) DESLOCAMENTOS POSSÍVEIS</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Generalização da possibilidade de deslocamento. </span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">1. É muito difícil para mim fazer isso sozinho.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />À primeira vista, parece que a frase contém um erro. Retirando o PARA MIM do lugar onde está e deslocando-o ao longo do enunciado, temos:</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">1a. Para mim é muito difícil fazer isso sozinho.<br />1b. É para mim muito difícil fazer isso sozinho.<br />1c. É muito difícil fazer isso sozinho para mim.</span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Falar diferente não é falar errado.</span>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-21890540291943536352007-09-27T07:57:00.000-07:002007-09-27T08:37:52.104-07:00Tabacaria<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI_O6fa7jkU3YGLPrOmXYrx6P8XXr4kS3NA2dtjQrOYSfUTyDTEnIcLn5_Gk1JJHKBb9BQBMW7OLKuVC3KPCHoOyvEesHitidK0cPa_rjWFIF6iyFRr6Wc7MsyRndfWN2tCI9Q5fDmabY/s1600-h/tabacaria+álvaro+de+campos.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5114904969087670450" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI_O6fa7jkU3YGLPrOmXYrx6P8XXr4kS3NA2dtjQrOYSfUTyDTEnIcLn5_Gk1JJHKBb9BQBMW7OLKuVC3KPCHoOyvEesHitidK0cPa_rjWFIF6iyFRr6Wc7MsyRndfWN2tCI9Q5fDmabY/s200/tabacaria+%C3%A1lvaro+de+campos.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Não sou nada.</span><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Nunca serei nada.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Não posso querer ser nada.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.</span></div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><div><br />Janelas do meu quarto,</div><div>Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é</div><div>(E se soubessem quem é, o que saberiam?),</div><div>Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,</div><div>Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,</div><div>Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,</div><div>Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,</div><div>Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,</div><div>Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.</div><div></div><div></div><div>Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.</div><div>Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,</div><div>E não tivesse mais irmandade com as coisas</div><div>Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua</div><div>A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada</div><div>De dentro da minha cabeça,</div><div>E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.<br /></div><div></div><div>Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.</div><div>Estou hoje dividido entre a lealdade que devo</div><div>À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,</div><div>E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.<br /></div><br /><div>Falhei em tudo.</div><div>Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.</div><div>A aprendizagem que me deram,</div><div>Desci dela pela janela das traseiras da casa.</div><div>Fui até ao campo com grandes propósitos.</div><div>Mas lá encontrei só ervas e árvores,</div><div>E quando havia gente era igual à outra.</div><div>Saio da janela, sento-me numa cadeira. </div><div>Em que hei de pensar?</div><div></div><div>Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?</div><div>Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!</div><div>E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!</div><div>Gênio? Neste momento</div><div>Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,</div><div>E a história não marcará, quem sabe? , nem um,</div><div>Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.</div><div>Não, não creio em mim.</div><div>Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!</div><div>Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?</div><div>Não, nem em mim...</div><div>Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo</div><div>Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?</div><div>Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -</div><div>Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,</div><div>E quem sabe se realizáveis,</div><div>Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?</div><div>O mundo é para quem nasce para o conquistar</div><div>E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.</div><div>Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.</div><div>Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,</div><div>Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.</div><div>Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,</div><div>Ainda que não more nela;</div><div>Serei sempre o que não nasceu para isso;</div><div>Serei sempre só o que tinha qualidades;</div><div>Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,</div><div>E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,</div><div>E ouviu a voz de Deus num poço tapado.</div><div>Crer em mim? Não, nem em nada.</div><div>Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente</div><div>O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,</div><div>E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.</div><div>Escravos cardíacos das estrelas,</div><div>Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;</div><div>Mas acordamos e ele é opaco,Levantamo-nos e ele é alheio,</div><div>Saímos de casa e ele é a terra inteira,</div><div>Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.</div><div></div><div></div><div>(Come chocolates, pequena;</div><div>Come chocolates!</div><div>Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.</div><div>Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.</div><div>Come, pequena suja, come!</div><div>Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!</div><div>Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,</div><div>Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)</div><div></div><div>Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei</div><div>A caligrafia rápida destes versos,</div><div>Pórtico partido para o Impossível.</div><div>Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,</div><div>Nobre ao menos no gesto largo com que atiro</div><div>A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,</div><div>E fico em casa sem camisa.</div><div><br />(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,</div><div>Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,</div><div>Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,</div><div>Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,</div><div>Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,</div><div>Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,</div><div>Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -</div><div>Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!</div><div>Meu coração é um balde despejado.</div><div>Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco</div><div>A mim mesmo e não encontro nada.</div><div>Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.</div><div>Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,</div><div>Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,</div><div>Vejo os cães que também existem,</div><div>E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,</div><div>E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)</div><div><br /></div><div>Vivi, estudei, amei e até cri,</div><div>E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.</div><div>Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,</div><div>E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses</div><div>(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);</div><div>Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo</div><div>E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.</div><div><br />Fiz de mim o que não soube</div><div>E o que podia fazer de mim não o fiz.</div><div>O dominó que vesti era errado.</div><div>Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.</div><div>Quando quis tirar a máscara,</div><div>Estava pegada à cara.</div><div>Quando a tirei e me vi ao espelho,</div><div>Já tinha envelhecido.</div><div>Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.</div><div>Deitei fora a máscara e dormi no vestiário</div><div>Como um cão tolerado pela gerência</div><div>Por ser inofensivo</div><div>E vou escrever esta história para provar que sou sublime.</div><br /><div>Essência musical dos meus versos inúteis,</div><div>Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,</div><div>E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,</div><div>Calcando aos pés a consciência de estar existindo,</div><div>Como um tapete em que um bêbado tropeça</div><div>Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.</div><div><br />Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.</div><div>Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada</div><div>E com o desconforto da alma mal-entendendo.</div><div>Ele morrerá e eu morrerei.</div><div>Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.</div><div>A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.</div><div>Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,</div><div>E a língua em que foram escritos os versos.</div><div>Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.</div><div>Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente</div><div>Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,</div><div><br />Sempre uma coisa defronte da outra,</div><div>Sempre uma coisa tão inútil como a outra,</div><div>Sempre o impossível tão estúpido como o real,</div><div>Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,</div><div>Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.</div><div></div><div>Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)</div><div>E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.</div><div>Semiergo-me enérgico, convencido, humano,</div><div>E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.<br /></div><div>Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los</div><div>E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.</div><div>Sigo o fumo como uma rota própria,</div><div>E gozo, num momento sensitivo e competente,</div><div>A libertação de todas as especulações</div><div>E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.</div><div><br />Depois deito-me para trás na cadeira</div><div>E continuo fumando.</div><div>Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.</div><br /><div>(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira</div><div>Talvez fosse feliz.)</div><div>Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.</div><div>O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).</div><div>Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.</div><div>(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)</div><div>Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.</div><div>Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo</div><div>Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.</div><div><br />Álvaro de Campos, 15-1-1928</span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-82820699038760995062007-09-17T09:57:00.000-07:002007-09-17T10:02:24.596-07:00Se Tanta Pena Tenho Merecida<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVyj7swu3eovoImU_BId3YKnMdrP2g9NiNBb5YQNgfTupHGmnGc4I4nFyvFU-MoWR-C-z795W4DlbKes7PM4Xw_cG5Bja9xc6OmBqu6URKFcVZUm08nhE09NcDcD-uR5F3H5zQVPwOjWQ/s1600-h/42-17214632.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5111219386312595602" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVyj7swu3eovoImU_BId3YKnMdrP2g9NiNBb5YQNgfTupHGmnGc4I4nFyvFU-MoWR-C-z795W4DlbKes7PM4Xw_cG5Bja9xc6OmBqu6URKFcVZUm08nhE09NcDcD-uR5F3H5zQVPwOjWQ/s200/42-17214632.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Se tanta pena tenho merecida</span><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Em pago de sofrer tantas durezas, </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Provai, Senhora, em mim vossas cruezas,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Que aqui tendes uma alma oferecida.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Nela experimentai, se sois servida,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Desprezos, desfavores e asperezas,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Que mores sofrimentos e firmezas</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sustentarei na guerra desta vida.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mas contra vosso olhos quais serão?</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Forçado é que tudo se lhe renda,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mas porei por escudo o coração.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Porque, em tão dura e áspera contenda,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">ƒÉ bem que, pois não acho defensão,</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Com me meter nas lanças me defenda. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Luís de Camões</span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-8436545826440382562007-08-31T22:33:00.000-07:002007-09-01T00:04:49.732-07:00Os Idiotas Confessos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2k6piBDp5v9Gd1yt8tT5ZkFavULtrb4JEF1rNAC4kJws2RFXxYS3fU-VJP7m2WE5L6jOrJNN6ZT3ERqrgAhSzPHye8aldqQF2na66sZVtou7uISKP_AfEiOx9hYJGblIIeZKz3QCBnhY/s1600-h/AX018245.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5105117167143583282" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2k6piBDp5v9Gd1yt8tT5ZkFavULtrb4JEF1rNAC4kJws2RFXxYS3fU-VJP7m2WE5L6jOrJNN6ZT3ERqrgAhSzPHye8aldqQF2na66sZVtou7uISKP_AfEiOx9hYJGblIIeZKz3QCBnhY/s200/AX018245.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Antigamente, o idiota era o idiota. Nenhum ser tão sem mistério e repito: — tão cristalino. O sujeito o identificava, a olho nu, no meio de milhões. E mais: — o primeiro a identificar-se como tal era o próprio idiota. Não sei se me entendem. Pois o idiota era o primeiro a saber-se idiota. Não tinha nenhuma ilusão. </span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E uma das cenas mais fortes que vi, em toda a minha infância, foi a de uma autoflagelação. Um vizinho berrava, atirando rútilas patadas: — “Eu sou um quadrúpede!”. Nenhuma objeção. E, então, insistia, heróico: — “Sou um quadrúpede de 28 patas!”. Não precisara beber para essa extroversão triunfal. Era um límpido, translúcido idiota.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E o imbecil como tal se comportava. Nascia numa família também de imbecis. Nem os avós, nem os pais, nem os tios, eram piores ou melhores. E, como todos eram idiotas, ninguém pensava. Tinha-se como certo que só uma pequena e seletíssima elite podia pensar. A vida política estava reservada aos “melhores”. Só os “melhores”, repito, só os “melhores” ousavam o gesto político, o ato político, o pensamento político, a decisão política, o crime político.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Por saber-se idiota, o sujeito babava na gravata de humildade. Na rua, deslizava, rente à parede, envergonhado da própria inépcia e da própria burrice. Não passava do quarto ano primário. E quando cruzava com um dos “melhores”, só faltava lamber-lhe as botas como uma cadelinha amestrada. Nunca, nunca o idiota ousaria ler, aprender, estudar, além de limites ferozes. No romance, ia até ao Maria, a desgraçada.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Vejam bem: — o imbecil não se envergonhava de o ser. Havia plena acomodação entre ele e sua insignificância. E admitia que só os “melhores” podem pensar, agir, decidir. Pois bem. O mundo foi assim, até outro dia. Há coisa de três ou quatro anos, uma telefonista aposentada me dizia: — “Eu não tenho o intelectual muito desenvolvido”. Não era queixa, era uma constatação. Santa senhora! Foi talvez a última idiota confessa do nosso tempo.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">De repente, os idiotas descobriram que são em maior número. Sempre foram em maior número e não percebiam o óbvio ululante. E mais descobriram: — a vergonhosa inferioridade numérica dos “melhores”. Para um “gênio”, 800 mil, 1 milhão, 2 milhões, 3 milhões de cretinos. E, certo dia, um idiota resolveu testar o poder numérico: — trepou num caixote e fez um discurso. Logo se improvisou uma multidão. O orador teve a solidariedade fulminante dos outros idiotas. A multidão crescia como num pesadelo. Em quinze minutos, mugia, ali, uma massa de meio milhão.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Se o orador fosse Cristo, ou Buda, ou Maomé, não teria a audiência de um vira-lata, de um gato vadio. Teríamos de ser cada um de nós um pequeno Cristo, um pequeno Buda, um pequeno Maomé. Outrora, os imbecis faziam platéia para os “superiores”. Hoje, não. Hoje, só há platéia para o idiota. É preciso ser idiota indubitável para se ter emprego, salários, atuação, influência, amantes, carros, jóias etc. etc.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quanto aos “melhores”, ou mudam, e imitam os cretinos, ou não sobrevivem. O inglês Wells, que tinha, em todos os seus escritos, uma pose profética, só não previu a “invasão dos idiotas”. E, de fato, eles explodem por toda parte: são professores, sociólogos, poetas, magistrados, cineastas, industriais. O dinheiro, a fé, a ciência, as artes, a tecnologia, a moral, tudo, tudo está nas mãos dos patetas.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E, então, os valores da vida começaram a apodrecer. Sim, estão apodrecendo nas nossas barbas espantadíssimas.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Esta adaptação do Nelson Rodrigues é uma homenagem a uma idiotice, a um idiota confesso que conhecí.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O pleno idiota é aquele que projeta seu caráter imundo no próximo, como se, narcisicamente, ele de fato o refletisse. Ideal seria ver seu próprio rosto refletido na água de um pântano, seria uma maneira inevitável de lidar com sua verdadeira imagem, ao invés de procurá-la nos demais.</span>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-88329566060432427882007-08-23T10:54:00.000-07:002007-08-26T22:28:49.513-07:00Confiar na Estabilização Mental<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ2EMsoJT4pulr9bp6wvUdkJFPct4TzgLmusTKRkRG_DBtZOKp6CcwpnLk4x-yf0yvnzcPXiU1UX3Ofm8HRhIg-4B1FbYl0Mp7F5CidGzt_PxH8XoF_pQDjlWfd_m7uIJ9nXLZm_hXMgE/s1600-h/WR001552.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5102896252439723554" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ2EMsoJT4pulr9bp6wvUdkJFPct4TzgLmusTKRkRG_DBtZOKp6CcwpnLk4x-yf0yvnzcPXiU1UX3Ofm8HRhIg-4B1FbYl0Mp7F5CidGzt_PxH8XoF_pQDjlWfd_m7uIJ9nXLZm_hXMgE/s200/WR001552.jpg" border="0" /></a> <div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAynCzgyPY9g6I30Afu1xEs56Mz0A700ZX3OU2WZqNfPGpfEjtcCNgRcmOjSBJlEHP7bMKtRhvzpTiRSWNVJzn208ly2UYOF2s10FP2bpo7O7H6DzsHwk80p8DoSFHxw7WQ85p4TGHQ_8/s1600-h/bodhi_tree.jpg"></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Já fizeste isso comigo muitas vezes no passado</span><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">E, como resultado, sofrí por muito tempo;</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Mas agora que reavivei todo o meu rancor por ti,</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Estou determinado a te destruir, ó mente egoísta.</span></div><div> </div><div></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">...</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quer cuide dele da maneira que faço</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Quer o deixe ser ferido pelos outros.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">O corpo, ele próprio, não desenvolve nem apego nem raiva;</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Então, porque me sinto tão apegado a ele?</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Já que o corpo, ele próprio, não conhece</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Raiva quando insultado</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Nem apego quando elogiado,</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Porque enfrento tantos transtornos em seu nome?</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">"Mas quero cuidar desse corpo</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Porque ele é muito benéfico para mim".</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Então, porque não apreciar todos os seres vivos,</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Uma vez que eles são muito mais benéficos para nós?</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Portanto, sem nenhum apego,</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Vou abrir mão do meu corpo para o benefício de todos;</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Todavia, apesar do corpo ter muitos defeitos,</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Cuidarei dele enquanto trabalho para os outros.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Vou por um fim a todas as criancices</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">E seguir os passos dos sábios Bodissatvas.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Lembrando-me das instruções sobre conscienciosidade,</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Vou me afastar do sono, da obtusidade mental e de outros estados afins.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Como os compassivos filhos e filhas do Conquistador Buda,</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Vou dedicar-me com paciência a tudo o que deve ser feito.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Se não aplicar esforço constante ao longo do dia e da noite,</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Quando minha desgraça chegará ao fim?</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Portanto, para dissipar ambas as obstruções</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Vou afastar minha mente de todas as concepções distrativas</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">E posicioná-la em constante equilíbrio medidativo,</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">No perfeito objeto de meditação, a visão correta da vacuidade.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Guia do Estilo de Vida do Bodissatva.</span></div></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-34830428426293558012007-08-13T09:53:00.000-07:002007-08-17T21:42:16.777-07:00Incliner Sans Necessiter<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEnqPmz5aBxZ2sfxNiJNaGgRC5PAfPIGu52C4TWCSQDrF9X3zA9WPUQHJrBCWnGv899RQBolZJbEz2xjMa6GDDNM5tL2RePp6_ELp-5O3kwlPMl5pWz3NOsSs2ubb1g3hb5l-TNfovTtU/s1600-h/pecado.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5098237429071803314" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEnqPmz5aBxZ2sfxNiJNaGgRC5PAfPIGu52C4TWCSQDrF9X3zA9WPUQHJrBCWnGv899RQBolZJbEz2xjMa6GDDNM5tL2RePp6_ELp-5O3kwlPMl5pWz3NOsSs2ubb1g3hb5l-TNfovTtU/s200/pecado.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quem fale e reflita</span> <span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">acerca de uma coisa má que haja praticado, está pensando na baixeza perpetrada, e quem pense fica preso aí - com a alma inteira a pessoa fica presa completamente àquilo em que pensa, e por isso fica presa à baixeza. E por certo não será capaz de mudar, pois seu espírito endurecerá e seu coração apoderecerá, e além disso um ânimo triste pode apoderar-se dela.</span><br /><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">O que faria você? Remexa na imundície deste jeito e daquele, e ela continua a ser imundície. Ter pecado ou não ter pecado - de que nos adianta isso no céu? Durante o tempo em que estou matutando sobre isso eu poderia estar enfiando pérolas para alegria do céu. Por isso é que está escrito: "Afaste-se do mal e faça o bem" - afaste-se completamente do mal, não fique ruminando dessa maneira, e pratique o bem. Então compense isso agindo bem. </span></div><br /><div align="right"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Time and Eternity, N.N.Glatzer.</span></div><br /><br /><div align="right"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Isto está dentro do mesmo espírito que a palavra <em>chatah</em> do antigo Testamento, comumente traduzida por pecado, mas de fato significa "perder, ou errar (o caminho)"; falta-lhe a qualidade de condenação que as palavras "pecado" e "pecador" tem. Analogamente, a palavra hebraica para arrependido é <em>teschubah, </em>significando "voltar" (para Deus, para si mesmo, para o caminho certo), e a ela também falta a implicação de autocondenação. Assim, o Talmude emprega a expressão "o mestre da volta" ("o pecador arrependido") e diz dele que paira acima até dos que nunca pecaram.</span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-66419831938623051912007-08-05T23:10:00.000-07:002007-08-12T15:13:00.355-07:00Nós e O Absoluto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_Kb3XMDazoRLxp1FpBOCrVJbvqISY_g1iXIV5PBiVAL9kiC8NBKHecooqow9tDjjxoKn_ihq8t1uKKZB_HoTBd2uNy1qCFMedZCKH_EUCKrzVeD-dpRfWxKYh-5IJ3G3iIdnzAAOHE08/s1600-h/42-18115515.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5095500839119549330" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_Kb3XMDazoRLxp1FpBOCrVJbvqISY_g1iXIV5PBiVAL9kiC8NBKHecooqow9tDjjxoKn_ihq8t1uKKZB_HoTBd2uNy1qCFMedZCKH_EUCKrzVeD-dpRfWxKYh-5IJ3G3iIdnzAAOHE08/s200/42-18115515.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Pelágio (350-425) era um monge bretão, dotado, segundo consta, de muita força de vontade e profundo senso do dever, eloqüente e autodidata em teologia. Quando chegou em Roma, começou a criticar a estupidez e hipocrisia de muitos cristãos. </span><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">No século V, Pelágio havia debatido ferozmente com </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Agostinho</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"> sobre este assunto. Agostinho mantinha que o pecado original de Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e pecará.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Por outro lado, Pelágio insistia que o pecado original afetara apenas a Adão, e que se Deus exige das pessoas que vivam vidas perfeitas, Ele também dá a competência ou </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">habilidade moral</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"> para que elas possam fazer assim. Ele reivindicou mais adiante que a graça divina era desnecessária para salvação, embora facilitasse a obediência.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tendo como findamentos a </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">absoluta liberdade e auto-suficiência do homem, Pelágio redecora a problemática da </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">justiça infinita de Deus: Deus é justo e não pode impor-nos algo que supere nossas forças, e não pode dar a alguém um auxílio maior que a outrem. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Agostinho teve sucesso refutando Pelágio, mas o pelagianismo não morreu, mesmo considerado heresia por muitos concílios católicos, teóricos e burocráticos da fé.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Com irresistível charme, várias formas de pelagianismo recorreram periodicamente através dos séculos. Lutero escreveu um livro "A Escravidão da Vontade" em resposta a uma diatribe de Erasmo, onde o mesmo defendia conceitos pelagianos. Lutero acreditava que Erasmo era "um inimigo de Deus e da religião Cristã" por causa do ensino dele sobre o pecado original. É bom notar que o Catolicismo medieval, sob a influência de Aquino, adotara um semi-pelagianismo, mesmo que na antigüidade houvesse rejeitado o pelagianismo puro. Neste sistema, acreditava-se que o homem cooperava com a graça de Deus para a salvação.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">No século XVIII, uma forma nova e levemente modificada de pelagianismo, apareceu, que foi o arminianismo. Existem algumas diferenças entre as duas posições, mas ambas são sinergistas (o homem coopera para sua salvação) e mantém o mesmo conceito de fé (uma decisão puramente humana de receber a Jesus Cristo, e não como um dom misericordioso de Deus).</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O Niilismo acredita a existência humana desprovida de qualquer sentido. Nesta linha, a base do problema residirá na vontade, em seu direcionamento. Se onde há vida há vontade de poder, o mesmo não pode ser dito da vontade como afirmação da vida. Há o efeito negativo, mas isto não indica, contudo, que a vida não possua seus atrativos. Para Nietzsche, o fim último do niilismo está no momento em que o homem nega os valores de Deus, deve aprender a ver-se como criador de valores e no momento em que entende que não há nada de eterno após a vida, deve aprender a ver a vida como um eterno retorno. Como no “Zaratustra”, onde o jovem pastor elimina a serpente, deve agir o homem. Deve abrir-se ao devir e ao tempo. Deve transformar a vida em uma experiência de criação e destruição. Filosoficamente espantador e ambíguo.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ao meu ver, o niilismo não é sinônimo de um melindre sobre a postulação de Pelágio, mas muitas vezes poderá representar sua metáfora acerca de um desperdício de forças, e ainda um risco da exaltação humana, ou seu obscurantismo. Hipóteses de um encadeamento que me ocorreu agora.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Antes que eu misture demais os princípios, temos o perspicaz Hegel. Vejamos um exemplo muito célebre da dialética hegeliana. Trata-se de um episódio dialético tirado da Fenomenologia do Espírito, o do senhor e o escravo. </span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Dois homens lutam entre si. Um deles é pleno de coragem. Aceita arriscar sua vida no combate, mostrando assim que é um homem livre, superior à sua vida. O outro, que não ousa arriscar a vida, é vencido. O vencedor não mata o prisioneiro, ao contrário, conserva-o cuidadosamente como testemunha e espelho de sua vitória. Tal é o escravo, o "servus", aquele que, ao pé da letra, foi conservado.</span></div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><br /><div>a) O senhor obriga o escravo, ao passo que ele próprio goza os prazeres da vida. O senhor não cultiva seu jardim, não faz cozer seus alimentos, não acende seu fogo: ele tem o escravo para isso. O senhor não conhece mais os rigores do mundo material, uma vez que interpôs um escravo entre ele e o mundo. O senhor, porque lê o reconhecimento de sua superioridade no olhar submisso de seu escravo, é livre, ao passo que este último se vê despojado dos frutos de seu trabalho, numa situação de submissão absoluta.</div><div></div><div>b) Entretanto, essa situação vai se transformar dialeticamente porque a posição do senhor abriga uma contradição interna: o senhor só o é em função da existência do escravo, que condiciona a sua. O senhor só o é porque é reconhecido como tal pela consciência do escravo e também porque vive do trabalho desse escravo. Nesse sentido, ele é uma espécie de escravo de seu escravo.</div><div><br />c) De fato, o escravo, que era mais ainda o escravo da vida do que o escravo de seu senhor (foi por medo de morrer que se submeteu), vai encontrar uma nova forma de liberdade. Colocado numa situação infeliz em que só conhece provações, aprende a se afastar de todos os eventos exteriores, a libertar-se de tudo o que o oprime, desenvolvendo uma consciência pessoal. Mas, sobretudo, o escravo incessantemente ocupado com o trabalho, aprende a vencer a natureza ao utilizar as leis da matéria e recupera uma certa forma de liberdade (o domínio da natureza) por intermédio de seu trabalho. Por uma conversão dialética exemplar, o trabalho servil devolve-lhe a liberdade. Desse modo, o escravo, transformado pelas provações e pelo próprio trabalho, ensina a seu senhor a verdadeira liberdade que é o domínio de si mesmo. Assim, a liberdade estóica se apresenta a Hegel como a reconciliação entre o domínio e a servidão.</span></div><div></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">É possível porque Hegel concebe um processo racional original - o processo dialético - no qual a contradição não mais é o que deve ser evitado a qualquer preço, mas, ao contrário, se transforma no próprio motor do pensamento, ao mesmo tempo em que é o motor da história, já que esta última não é senão o Pensamento que se realiza.</span></div><div></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">É preciso compreender também que a história é um progresso. O vir-a-ser de muitas peripécias não é senão a história do Espírito universal que se desenvolve e se realiza por etapas sucessivas para atingir, no final, a plena posse, a plena consciência de si mesmo. "O absoluto, diz Hegel, só no final será o que ele é na realidade". O panteísmo de </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Spinoza</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"> identificava Deus com a natureza: Deus sive natura. O panteísmo hegeliano identifica Deus com a História. Deus não é o que é - ao menos só é parcial e muito provisoriamente o que atualmente é - Deus é o que se realizará na História. (Neste sentido, ainda há algo de hegeliano na filosofia de Teilhard de Chardin). Por conseguinte, a história, para Hegel, é uma odisséia do "Espírito Universal".</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Muito bem, Hegel!</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Se Deus é uma idéia que transcende a própria idéia e o pensamento, se é infinito algo, amor ou seja lá o que definamos em nossa ânsia pela razão Dele, este infinito é potencialmente mutável para ser infinito ou continuamente maior. Obrigado.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">O relevante mesmo não é perambular entre os limites do agir e não agir, pecado e positivismo. É caminhar, saltar, ou até mesmo tropeçar. Trata-se de outro axioma.</span></div><br /><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Para quem ainda quer mais, com uma linguagem bem acessível, sugiro clicar: </span><a href="http://www2.uol.com.br/bibliaworld/igreja/estudos/doutr002.htm"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">http://www2.uol.com.br/bibliaworld/igreja/estudos/doutr002.htm</span></a> </div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-91873602371163852442007-07-23T12:01:00.000-07:002007-07-23T13:54:23.313-07:00Hipocrisia Virtual<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrE7BRToanPu1TRQkkEuPAH-PekouYD3yR2nsTaIOO9a2ixfrNKGm6GfrXOtfRHa4wwqralL6MrU9SVCvHw_ZLuzymX3pfNbRhVm4-MVlk6bnpR16u7ibqfp3ZtpnlxTw4iGeM8J7pB1Q/s1600-h/irritante.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5090497919479247746" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 174px; CURSOR: hand; HEIGHT: 180px" height="175" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrE7BRToanPu1TRQkkEuPAH-PekouYD3yR2nsTaIOO9a2ixfrNKGm6GfrXOtfRHa4wwqralL6MrU9SVCvHw_ZLuzymX3pfNbRhVm4-MVlk6bnpR16u7ibqfp3ZtpnlxTw4iGeM8J7pB1Q/s200/irritante.jpg" width="179" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O que acontece quando a gente bloqueia alguém no msn?</span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Vou te contar o que aprendi até pra difundir essa infernização com os falsos amigos.</span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Ora, quando você bloqueia alguém é como se estivesse se escondendo dela. Você vai saber que ela está ON line, mas ela verá você como OFF o tempo inteiro.</span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">Quando você a exclui é como se quisesse dar um tapa na cara da pessoa. </span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quando uma pessoa bloqueia a outra ou exclui ela pode ser descoberta por um delicioso acaso. Imagine que quem você excluiu tem um contato em comum com outra pessoa de sua lista, e sentindo tua ausência ela pergunta para o outro fulano se tem te visto.<br />- Sim tenho, ela tá on line agora, por que???<br /></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Que chato hein...</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ainda pelo propio MSN tem uma função para descobrir gente que te bloqueou:</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">ferramentas<br />opções<br />privacidade</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Você terá duas colunas: a de pessoas que voce tem no seu msn e a de pessoas que você bloqueou ou excluiu.<br />Você pode ir clicando nos nicks da lista do seu lado esquerdo, com o botão direito do mouse.<br />O que tiver a opção excluir mais escuro indica que a pessoa te bloqueou!<br /><br />Decepcionante...<br /><br />Outra é usar sites que fazem esse serviço. Sim, sim!<br /><a href="http://www.blockstatus.com/">http://www.blockstatus.com/</a><br /><a href="http://msn.blocked.nl/">http://msn.blocked.nl/</a><br /><br />Há outras maneiras, basta viajar com a Helmanns. Talvez ir na casa da pessoa e olhar o pc dela para ver se ela está on line. Claro que perdida a confiança esta pessoa já não é mais sua amiga mesmo, mas outras opções existem.<br /><br />A mais digna, penso, é aquela em que você conversa com a pessoa o mínimo necessário, e expõe qualquer descontentamento ou impossibilidade de diálogo.<br /><br />Essa história de chat ou msn ou gtalk, é complexa. Eu advirto estar ocupado, mas posso não estar tão ocupado para falar com os preferidos. Coloco que estou em ligação, mas posso estar com as mãos livres para digitar, e hoje em "desdia" as pessoas dizem que podem fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Quando coloco estar ausente, posso estar defronte ao pc sem estar falando por algum tempo, ou assistindo tv na sala, o que não impede me escreverem alguma coisa, e a regra de ouro impõe ter de responder algo assim que puder.<br /></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Assim que puder.<br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E como saber a extensão de um carinho, de uma impossibilidade momentânea? Como certificar-se de que seus amigos, ou mesmo parentes, estão acompanhando tuas mudanças, aprovando teus atos noticiados? Como expor seu descontentamento? Com uma atitude antidialógica?<br /><br />A amizade ideal, do que se tem melhor notícia, é exatamente aquela que respeita o indivíduo. Quando eu percebo que uma pessoa pode não estar de bom humor, devo compreendê-la. É direito dela tal quel é meu direito estar de mau humor de vez em quando, ou sempre, o que é então uma opção. Neste caso, ranzinzas não costumam ser bons amigos, costumam ser críticos negativos, distantes da potencialidade humana, mesmo quando atraentes de algum modo. A conclusão é que são dispensáveis mau-amados insimesmados em si mesmos, que precisam de limitação comunicacional exatamente para não se tornarem esquizofrênicos. Será um bem duplo afastá-los de você.<br /><br />Sim, todos temos direito à privacidade. Sim, podemos falar com quem quisermos, na hora que bem entendermos ou pudermos. Sim.<br /><br />Todos tem esse direito, a sacada é que isto <strong>não é unilateral</strong>.<br /><br />A primeira pergunta correta seria: a hipocrisia é um direito?<br />A segunda pergunta correta <strong>É</strong>: pra que eu adicionei aquela pessoa?<br /><br />Não há mal nenhum em sermos sinceros quanto ao grau de envolvimento com uma pessoa que acabamos de conhecer, ou que então já é de nosso círculo. Inclusive, algumas versões são socialmente aceitas, e ademais, não somos obrigados a ter tempo sempre pra ficar conversando. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Os outros também tem um dever, o de compreender que não estamos à disposição assim tão abertamente. Algo do tipo "não posso conversar agora" tem de ser compreendido, e vivenciado mesmo que se extenda por tempo indeterminado. Ou aceite que pode estar enganado a respeito do seu amigo.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Dependa menos do seu contato sempre ocupado, desvincule-se. Ou perdoe a displicência se puder.<br /><br />Enfim, opte por ter valores positivos, ao invés de picuinhas. E com mente aberta, exija reciprocidade. Isto vai configurar um ambiente virtual em que não precisará se esquivar de seus contatos.</span><br /></span></span>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-30814510544238528212007-07-19T15:31:00.000-07:002007-07-19T20:05:01.652-07:00Pode Alguém Dar Mais do que Possui?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ1XC6IycdJsnTO1O_DhXwkjQy2qgAUEEHQEJK8M5iCL8xeSuoNQCKfkn9ISDPc9e6EyP2ZkkrdlYfNfyjovXefs_j8_v1OSebUp_FYY5VFHmeBqncD32AC9YywTghfr809XMmGOsGyhk/s1600-h/42-17806618.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5089107820767360962" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ1XC6IycdJsnTO1O_DhXwkjQy2qgAUEEHQEJK8M5iCL8xeSuoNQCKfkn9ISDPc9e6EyP2ZkkrdlYfNfyjovXefs_j8_v1OSebUp_FYY5VFHmeBqncD32AC9YywTghfr809XMmGOsGyhk/s200/42-17806618.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ó Deus Altíssimo!</span><br /><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Três coisas eu Te dei: </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Amor, lealdade e esforço; </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E nisso eu não falhei.</span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><br /></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Porém, ó Bem-Amado, </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quantos pecados se entramaram </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Em meus esforços! </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quanta indignidade mesclada </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Em cada átomo de meu amor! </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Que pobre a lealdade </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Dada com toda afeição que eu tinha!</span></div><div align="left"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mas, pode alguém dar mais </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Do que aquilo que possui? </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Cada flor desabrocha </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Conforme sua natureza; </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Cada lâmpada brilha </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sua própria medida de óleo.</span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><br /></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ah, fosse eu de melhor natureza </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E o tesouro à Tua porta </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Seria de jóias com brilho de estrelas!</span></div><div align="left"> </div><div align="left"></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Como uma criança que brinca </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ao lado da vastidão do oceano </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E reúne suas conchas e seixos — </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sua pequena loja — </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">No encontro das ondas com a praia, </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E traz esse brinde de bugigangas </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Para o colo de sua mãe, </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Assim eu trouxe a Ti </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tudo o que eu tinha!</span></div><div align="left"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ó Deus aceita-o </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Em Tua graça. </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Perdoa Tua filha </span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E toma-a nos Teus braços!</span></div><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div align="left"></div><br /><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">AMATU'L-BAHÁ RÚHÍYYIH KHANUM</span> </div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-41080419280080796232007-07-16T21:20:00.000-07:002007-07-17T00:15:53.833-07:00Viagem a Ítaca<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivu5knsb3OxJcI7hCiJZ0IP3NkuALbJkHY165F9XNsOjfoRHkECkdmmOmRkYxm5bJYLIAD3B8s6ImpzoNsThQbxd1fWPN1tDBiK_IoiMQB9mbNLvnqbZQMyEvYpiU56jE56u3aJdqvCr8/s1600-h/isolapanorama.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5088060621841250210" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" height="111" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivu5knsb3OxJcI7hCiJZ0IP3NkuALbJkHY165F9XNsOjfoRHkECkdmmOmRkYxm5bJYLIAD3B8s6ImpzoNsThQbxd1fWPN1tDBiK_IoiMQB9mbNLvnqbZQMyEvYpiU56jE56u3aJdqvCr8/s200/isolapanorama.jpg" width="177" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Quando começares tua viagem a Ítaca</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">pede que o caminho seja longo,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">cheio de aventuras, cheio de experiências.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Não temas aos lestrigões nem aos ciclopes, </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">nem ao colérico Possêidon,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">tais seres jamais acharás em teu caminho,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">se teu pensar for elevado, se seleta</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">for a emoção que toca teu espírito e teu corpo.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Nem aos lestrigões nem aos ciclopes</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">nem ao selvagem Possêidon encontrarás</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">se não os levares dentro de tua alma,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">se não os ergue tua alma diante de ti.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Pede que o caminho seja longo.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Que sejam muitas as manhãs de verão</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">em que chegues - com que prazer e alegria!- </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">a portos antes nunca vistos.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Detém-te nos empórios de Fenícia</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">e mostra-te com belas mercadorias,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">nácar e coral, âmbar e ébano</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">e toda sorte de perfumes voluptuosos,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">quanto mais abundantes perfumes voluptuosos possas.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Veja muitas cidades egípcias</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">a aprender, a aprender de seus sábios.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tenha sempre Ítaca em teu pensamento.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Tua chegada ali é teu destino.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mas não apresses nunca a viagem.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Melhor que dure muitos anos</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">E atracar, velho já, na ilha,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Enriquecido de quanto ganhaste no caminho</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sem esperar que Ítaca te enriqueça.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ítaca te ofereceu tão bonita viagem. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Sem ela não haverias começado o caminho. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Mas já não tem nada a dar-te.</span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Ainda que as ache pobre, Ítaca não te enganou.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Assim, sábio como te tornaste, com tanta experiência,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Entenderás já o que significam as Ítacas.</span><br /><br /><div><p><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;"></span></p><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">Konstantínos Kaváfis, no alfabeto grego</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">: Κωνσταντίνος Πέτρου Καβάφης, (Alexandria</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">, 29 de abril</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;"> de 1863</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;"> — 29 de abril</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;"> de 1933</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">) foi um </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">poeta grego</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">. Nascido numa familía grega radicada no Egito</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;"> e tendo vivido dos sete aos dezenove anos de idade em Liverpool</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">, Kaváfis era um </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">cético</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;"> e questionava a </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">Cristandad</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">e, o patriotismo </span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">e a heterossexualidade</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;color:#000000;">.</span></p><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A história, como o mito, é uma coisa mental. Kaváfis concorda consigo mesmo: os ciclopes, se aparecem, é porque habitam na alma humana. Como os bárbaros, os anseios e os medos são seres imaginários. Kaváfis toma partido pelo controle dos sentidos - por este exato meio aconselhado pelos sábios - mas, ato contínuo, recomenda o excesso e a voluptuosidade. </span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Parece contraditório, mas não é, melhor, é complementar. Entre o ascetismo e o hedonismo, o círculo se fecha, se fecha também o périplo de uma a outra Ítaca: da juventude à velhice, da pobreza à riqueza, da ignorância à virtude da sabedoria.</span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-69472851545301866172007-07-13T09:45:00.000-07:002007-07-13T11:39:08.834-07:00Decálogo da Boa Sorte<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn0hQFZ5SolKR5Xo3ah_sGc-iZvnHWRbi01I9yEut2WOu5mSIxGczMpFZlLCc9-4U1N4ZROE-PamT7IHTRcIfoKp1SM0vwO5NEd78SGroMVnstQcx4gNNyqiRID0dneycM6rTs-xgZSr4/s1600-h/42-16614109.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5086728984410994546" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn0hQFZ5SolKR5Xo3ah_sGc-iZvnHWRbi01I9yEut2WOu5mSIxGczMpFZlLCc9-4U1N4ZROE-PamT7IHTRcIfoKp1SM0vwO5NEd78SGroMVnstQcx4gNNyqiRID0dneycM6rTs-xgZSr4/s200/42-16614109.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><strong>1.</strong></span> <span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A sorte não dura muito tempo, pois não depende de você. A <strong>Boa</strong> Sorte é criada por você, por isso dura para sempre.</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><strong>2.</strong> Muitos são os que querem ter a Boa Sorte, mas poucos os que decidem buscá-la. </span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><strong>3.</strong> Se você não tem Boa Sorte agora, talvez seja porque está sob as circunstâncias de sempre. Para que ela chegue, é conveniente criar novas circunstâncias.</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><strong>4.</strong> Preparar as condições favoráveis para a Boa Sorte não significa buscar somente o benefício para si mesmo. Criar as condições nas quais outros também ganham atrai a Boa Sorte.</span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><strong>5.</strong> Se você deixar para amanhã o trabalho que precisa ser feito, a Boa Sorte talvez nunca chegue. Criar as condições favoráveis requer dar um primeiro passo. Faça isso hoje mesmo.</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><strong>6.</strong> Às vezes, mesmo que as condições favoráveis estejam presentes, a Boa Sorte não chega. Procure nos pequenos detalhes o que for aparentemente desnecessário mas imprescindível!</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><strong>7.</strong> Para quem só acredita no acaso, criar as condições favoráveis parece absurdo. Para quem se dedica a criar as condições favoráveis, o acaso não é motivo de preocupação.</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><strong>8.</strong> Ninguém pode vender a sorte. A Boa Sorte não se compra. Desconfie dos vendedores da sorte.</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><strong>9.</strong> Após criar todas as condições favoráveis, tenha paciência, não desista. Para alcançar a Boa Sorte, tenha confiança.</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><strong>10.</strong> Para criar a Boa Sorte é preciso preparar as condições favoráveis para as oportunidades. As oportunidades, porém, não dependem de sorte ou de acaso: elas sempre estão presentes!</span><br /><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;">O Decálogo da Boa sorte nunca chega ao seu conhecimento por acaso.</span><br /><br /><div align="right"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:78%;">Trías de Bes, Fernando. A Boa Sorte. Tradução de Davina Moscoso de Araujo, RJ, Ed. Sextante, 2004.</span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-57483928874490394222007-07-10T00:19:00.000-07:002007-07-10T00:59:56.434-07:00Sobre como bem Ler<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhegd21sIUg_5YR0eimtIZ5793nPSlxFaki4kAYUkvWZx79jUgeZI7x9TdBIE84mOSLvfv5659MF0ONt07CXMwOdnrU24PUHi5nKiC9uJCFYUlEAecYbobSwT_J2kdHKasarI2QQbcVwkI/s1600-h/42-16874528.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5085467125164816130" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhegd21sIUg_5YR0eimtIZ5793nPSlxFaki4kAYUkvWZx79jUgeZI7x9TdBIE84mOSLvfv5659MF0ONt07CXMwOdnrU24PUHi5nKiC9uJCFYUlEAecYbobSwT_J2kdHKasarI2QQbcVwkI/s200/42-16874528.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Olha só, eu defendo que a proposta do blog é você escrever o que quiser e ponto²</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br /><div><br />Claro que escrever pouco é bom para quem não tem paciência ou tempo, e também não está interessado em adquirir, por não ter nenhum tempo mesmo (num estado cíclico), ou por negligenciar a necessidade de praticar a verdadeira leitura. Mas informação não é como comida congelada que você coloca no microondas e paft, com autoprogramação, está pronto.</div><div><br />A objetividade é essencial, contanto que não seja confundida como um jargão. Tem gente que quer saber sobre um assunto pra ter assunto, lendo poucas linhas (afora os que procuram uníssona concordância com suas particulares idéias!). Para tanto eu não precisaria fazer um blog, me usaria de sites com frases e pensamentos, ou leria discursos totalitários ou falácias, ou te recomendaria isto, há tanto na rede. </div><div><br />Por vezes e, assim, um texto mais longo serve para aumentar nossa própria <strong>absorção</strong> sobre o que aprendemos ou continuamos aprendendo diariamente, além de aprimorar nossa percepção do futuro. É neste caso, da mesma serventia de um diário.</div><div><br />Para uma boa leitura, comece analisando melhor e pesquisando os próprios livros que estão esquecidos nas prateleiras, e que por qualquer razão ainda não encontrou um tempinho para manusear. Lembre-se de fazê-los circular entre as pessoas de seu círculo de amizade, assim você levará oportunidade para muitos. </div><div></div><br /><div>Tempo para ler existe. Leia por partes se necessário. É só querer! A leitura é sempre um acréscimo.</div><div></div><br /><div>Não se preocupe muito com a beleza do compêndio. Quanto mais você puder participar, dissecando, retaliando, anotando, é bem melhor, tanto para quem lê, como para quem tenha acesso àquela obra. Também no caso de uma releitura (o que é sempre recomendável), teremos as referências anteriores que automaticamente vão se somando ao conteúdo e reforçando a compreensão global e do pensamento do autor.</span></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5455007843096483223.post-85262207363712022842007-07-09T23:37:00.001-07:002007-07-10T08:57:20.189-07:00Perversão<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:78%;">Pajazckowska, Claire. Perversão.Tradução de Carlos Mendes Rosa. RJ, Relume Dumará : Ediouro, segmento Duetto 2005</span><br /><br /><div><div><div><div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">O conceito psicanalítico de perversão a define como uma atitude sexual, mas não necessariamente uma atitude genital. Existem também atos pervertidos, como o roubo ou o vício, em que o indivíduo sente p<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM-TYRom_aAyAJMLBl0GHHHaR_oXEV76vpzExtcQwvKogvdkBCVt3hFCISEDRziyggtrq96OJb4LSxhYLMSiL3FF8fk_q5MEPXq5r3gxgt1qskF8r8okViOiWYqpPUwcTmzCjywYDcNKk/s1600-h/maruo5.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5085454893097957042" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM-TYRom_aAyAJMLBl0GHHHaR_oXEV76vpzExtcQwvKogvdkBCVt3hFCISEDRziyggtrq96OJb4LSxhYLMSiL3FF8fk_q5MEPXq5r3gxgt1qskF8r8okViOiWYqpPUwcTmzCjywYDcNKk/s200/maruo5.jpg" border="0" /></a>razer erótico conscientemente, e entende-se que esses atos têm significado sexual para ele. Foucault, curiosamente apresentou a hipótese de que os conceitos pertencentes a um discurso devem ser entendidos como produtos do p</span><a href="http://bp0.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/RpHgeQhgNlI/AAAAAAAAADE/bRz0nP8rU3Y/s1600-h/42-18121332PerV.jpg"></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">oder, ligados por fim ao direito e ao Estado. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Esta hipótese foi usada para corroborar muitas obras com material de arquivo e políticas que documentaram a criminalização da homossexualidade ou a caracterização da mulher como histérica.</span></div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><div><br />Contudo, classificar um indivíduo como pervertido é reproduzir a objetificação e desumanização características da própria perversão. ao contrário de outras ciências médicas, a psicanálise diz que não pode existir conhecimento do outro que não seja em princípio um conhecimento do eu, sem o que as técnicas de interpretação seriam jogos intelectuais sem sentido. </div><div><br />Quando a criança entra no periodo de latência, que precede a adolescência, ela se torna mais predisposta a a aprender com a realidade do que com sua experiência corporal e as suas fantasias sexuais. As experiências infantis que constituem a primeira das duas fases do desenvolvimento difásico são reprimidas e formam a base da mente inconsciente do adulto. ao definir as pulsões sexuais numa energia que chamou de libido, Freud compreendeu que o desenvolvimento sexual humano não se limita à atividade genital para a reprodução da espécie.</div><div></div><div></div><div></div><div>A fase oral, por exemplo, é acompanhada de um desenvolvimento das concepções de ingerir, incorporar, fundir-se, e durante ela o ego forma as primeiras representações da delimitação do eu e do não-eu. A defesa do bebê contra essa realidade é em parte a confiabilidade da devoção materna, que mantém um abiente propício, e em parte uma defesa psicológica de cisão.</div><div><br />Toda pulsão tem quatro componentes: uma fonte, uma pressão, um alvo e um objetivo. A emergência da pressão de uma pulsão na psique é em geral sentida como uma espécie de intrusão violenta do desprazer na paz gostosa do repouso, e quase sempre se imagina que essa violência venha de "fora". Entre as defesas precoces contra as perturbações desagradáveis da unidade narcísica, está o mecanismo de projeção, que reforça a tendência do ego de perceber que as exigências a ele provém do mundo exterior.</div><div><br />A fase anal sucede a fase oral. Freud encontrou as evidências da fase anal e sua repressão nas formações reativas de limpeza, ordem, rigor e controle. Constrangimento intenso, humor agressivo ou segredo, envolvem os fenômenos anais no mundo adulto. Freud observou que a agressividade e o sadismo eram especialmente fortes na fase anal. É possivel que a sublimação dos impulsos anais tenha um papel significativo em grande parte da criatividade artística. A capacidade da criança de controlar o sfincter e os intestinos acarreta a sensação do poder de dar e de reter e forma outro conjunto de representações mentais por meio do qual se constrói a delimitação do eu e do não-eu.</div><div><br />Os teóricos da cultura notaram também que as fantasias reprimidas na fase anal tem grande evidência nas ideologias do anti-semitismo e do racismo, nas quais um grupo preserva a idealização da "limpeza" do seu eu projetando no outro os atributos depreciados e temidos de contágio, sujeira e obscuridade. Outras espécies de intolerância e crueldade estão relacionadas a angústias e medos desta fase.</span></div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcGmbsnWUXrgQfO7OpPAO5HEMxDkzQ7hds1DbEvK5qORaAanI6d9OpcyOA-_2NUBk-AWAlAoLmLppSW9PAjt2QYSAHOIa1hIua9A3Y3DhxMglxZf1SeQcOfdtdpGmdeFQWAgxs4N2Bj9M/s1600-h/vision.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5085455296824882882" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 124px; CURSOR: hand; HEIGHT: 174px" height="189" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcGmbsnWUXrgQfO7OpPAO5HEMxDkzQ7hds1DbEvK5qORaAanI6d9OpcyOA-_2NUBk-AWAlAoLmLppSW9PAjt2QYSAHOIa1hIua9A3Y3DhxMglxZf1SeQcOfdtdpGmdeFQWAgxs4N2Bj9M/s200/vision.jpg" width="131" border="0" /></a>Ernest Jones conclui que a narrativa cristã da imaculada conceição é construída com base numa teoria característica da fase anal - ou seja, de que os bebês nascem pelas nádegas, como fezes. Também aponta que a respiração e a fala são tratados no inconsciente como equivalentes da passagem de gases intestinais. A idéia do ascencional, por exemplo, pode ser usada na defesa maníaca, numa série de oposições diádicas em que ela se contrapõe aos sentimentos intensos do luto e aos pensamentos depressivos. Ele também afirma que a representação cristã da crucificação dá forma ao afeto doloroso dos pensamentos depressivos, ao passo que o movimento ascencional da Ressurreição tem um significado fálico inconfundível.</div><br /><div></span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Depois da repressão da fase anal e das suas fantasias, a criança entra num periodo dominado pelo erotismo uretral, fálico e clitoridiano. A catexia narcísica do pênis também ocorre no momento que a pulsão epitesmofílica se organiza em torno do uso da visão pelo ego, e a visão é importante para o desenvolvimento e o controle dele. Winnicot chamou essa fase de "ostentação e bazófia", em que o impulso escopofílico, com um objetivo ativo, vouyerístico, e outro passivo, exibicionista, é inteiramente associado à fase fálica. A disinção entre os sexos masculino e feminino é feita por meio da exitência visível do pênis, de modo que o limite entre o eu e o não-eu é simbolizado pela oposição entre fálico e castrado.Trata-se tão só de um pênis, que desconhece a existência da vagina.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A diferença entre as gerações, na qual se funda o complexo de Édipo da criança, é "castradora", por implicar a concientização da criança da sua impotência relativa na escala humana das coisas. O menino reprime a sua aspiração edipiana de que a mãe seja seu parceiro sexual e forma uma identificação com o pai como modelo de objetivo adulto. Ao fazê-lo, ele interioriza o malogro do complexo de Édipo como proibição, que constitui a base da aceitação do fato social das leis, das regras e das relações de troca. A energia dos impulsos libidinais tornam-se passíveis de sublimação por meio da educação, da cultura, das brincadeiras, dos esportes e das atividades sociais. </span><br /></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwi6xnyr_8F92_hdqHkvZRDmDiX2Xh9DV-s2tBUJK24H9xStpl6f0l13GftTBXjtRHJ4rvUo8kQPaNq06BobhymeTna-OttUBDD9V0uluW0Wtf4WXJn6YyO3aUtX0-ei4LPqNEzkr2l98/s1600-h/1800068g.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5085456280372393682" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwi6xnyr_8F92_hdqHkvZRDmDiX2Xh9DV-s2tBUJK24H9xStpl6f0l13GftTBXjtRHJ4rvUo8kQPaNq06BobhymeTna-OttUBDD9V0uluW0Wtf4WXJn6YyO3aUtX0-ei4LPqNEzkr2l98/s200/1800068g.gif" border="0" /></a>A trajetória da menina é diferente. O complexo de castração é que leva ao complexo de Édipo. Ela distancia-se da mãe e se torna a "garotinha do papai", esforçando-se para o que o pai lhe dê atenção e para satisfazê-lo. isso é igualmente reprimido, e também a menina aceita a idéia de uma lei social ou cria uma série de equivalentes do amor do pai, que precisam ser conquistados por meio da sedução. Existe ainda entre os psicanalistas o consenso de que o padrão de uma sexualidade infantil ativa que sucumbe à repressão e mais tarde ressurge na puberdade é uma característica fundamental da sexualidade, e que esse caráter difásico da sexualidade humana é crucial para entendimento as neuroses e perversões.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Freud em 1939 concluiu que o corpo inteiro é uma zona erógena. As representações e fantasias de cada um, organizam-se em torno da pulsão epistemofílica e da sua curiosidade pelas torias sexuais infantis. Essas são as soluções conceituais da crianças para a dúvida imatura quanto à origem dos bebês e ao caráter do relacionamento dos seus pais. Essas idéias e soluções arcaicas permanecem ativas no subsconciente.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Não se pode separar o pensar do sentir, e na infância as sensações carnais são muito parecidas com as sensações emicionais. O ego em desenvolvimento é que separa o som da visão, o sofrimento emocional da dor física, a angústia do desconforto no corpo, e assim por diante, à medida que ele se separa do id e separa o eu do não-eu. As fantasias relativas à oralidade são onipresentes tanto na cultura como nas brincadeiras infantis. Freud observou que a angústia da castração pode provocar uma regressão a uma fase anterior. Importante diferenciar, entretanto, a idéia infantil de um falo "sozinho e poderoso" da experiência adulta do pênis como órgão reprodutor, capaz de transformar o homem em pai.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br /></span><a href="http://bp2.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/RpK3UghgNmI/AAAAAAAAADM/ao-NnUMUD84/s1600-h/1800068g.gif"></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A fase fálica abomina enigmas, o mistério deve ceder lugar à mestria. E as fantasias das meninas? Na fase fálica existe uma predisposição para a inveja do pênis, em que as meninas perguntam se não prefeririam ser meninos - ou melhor, são dominadas temporariamente pela convicção de que prefeririam ser do sexo masculino ou ter o que os meninos têm. A curiosidade sexual da menina edipiana encontra um objeto bem visível no pênis do pai, o que pode permanecer no inconsciente da mulher adulta heterossexual como uma sensação de que os homens são indescritivelmente magníficos. A inveja do pênis diminui à medida que o complexo de Édipo se instala e as meninas podem redescobrir o encanto das mulheres, da sua mãe e da idéia de ter um bebê.</span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Segundo Freud, foi a descoberta na infância de que as meninas, as mulheres ou as mães não tem pênis - descoberta feita com os olhos - que precipitou o complexo de castração e criou a angústia da castração. Nas <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRdZWtYOl5xUDqIW7odngzHY22DxBaQclGdJWmCvsUS5ENN8g9ebTgh0JJkR5WGHdD38-1UVMb-wuBZ7cNR0b9WUkBNmyCWWgxvomkwjlIU9tLhpYz1P4D4QEP8ztX6N21KcMHOyvJfn8/s1600-h/GetAttachmentGirl+boy.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5085457311164544738" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRdZWtYOl5xUDqIW7odngzHY22DxBaQclGdJWmCvsUS5ENN8g9ebTgh0JJkR5WGHdD38-1UVMb-wuBZ7cNR0b9WUkBNmyCWWgxvomkwjlIU9tLhpYz1P4D4QEP8ztX6N21KcMHOyvJfn8/s200/GetAttachmentGirl+boy.jpg" border="0" /></a>meninas, a angústia foi uma reação à descoberta de que elas eram castradas, e nos meninos a angústia poderia oscilar entre "prestes a ser castrado", uma ameaça, ou ser castrado, a transição para o interesse pela realidade externa.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />No fetichismo existe uma inter-relação complexa entre um sitema de pensamento conhecido por negação - baseado numa forma de clivagem defensiva do ego entre a percepção sensorial e a crença, uma atividade erótica ou prática sexual que associa a presença de um fetiche a uma fantasia particular imprescindível para o orgasmo - e uma estrutura afetiva que dita a experiência emocional do fetichista diante do objeto de fetiche e outras pessoas. O fetiche, segundo Freud, indica a intenção do sujeito de destruir a evidência que possibilitaria a castração.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A castração, para Lacan e novamente Freud, é acima de tudo a castração da mãe, e é por isso que as figuras principais que ela inspira são em certa medida comuns para crianças de ambos os sexos. A criança que vê o corpo da mãe é compelida pela percepção que existem seres humanos sem pênis. Contudo, a criança não interpreta exatamente uma diferença anatômica. Ela acredita que todos os seres humanos tem pênis e, portanto, entende o que ela viu como resultado de uma mutilação, simbolizando aqui todas as perdas, tanto reais como imaginárias que a criança já sofreu.</span></div><div></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Uma pessoa que seja promíscua pode afirmar que essa é uma forma de liberdade sexual que não é da conta de ninguém, mas pode também reconhecer tacitamente que a mágoa ou decepção provocada nos outros é uma condição indispensável do prazer. O papel do inocente sexual que está apenas se desinibindo e se "libertando" é uma representação de um drama de hostilidade e vingança. Já o bisbilhoteiro que olha pela janela imagina que a pessoa que está tirando a roupa o faz para ele, e se encontra magicamente sob o seu controle. O cinema erótico proporciona isso à todos. Sendo a forma estática ou dinâmica, o princípio é o mesmo: a questão é mexer simultaneamente com a excitação do desejo e sua não-realização. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></div></span><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">A</span><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">s pulsões pré-genital e pré-edipiana são então reprimidas e sublimadas ou passam a constituir a genitalidade adulta. O destino destas pulsões é voltada, a partir daí, para a união sexual e intimidade com a pessoa amada, depois do que se tornam componentes das carícias preliminares, da sedução e do galanteio que leva à sexualidade propriamente dita. </span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><br />Parece que nenhuma pessoa sadia deixa de fazer um acréscimo ao alvo sexual normal. Do mesmo modo, talvez a homossexualidade e o lesbianismo façam parte da heterossexualidade e se diferenciem apenas na forma latente e explícita que assumem, no sentido de definirem ou não uma sexualidade.</span></div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><div><br />Após Freud, uma obra de Klein aponta que no homicídio sádico há evidências de uma fantasia pervertida em que o orgasmo é equiparado à destruição ou aniquilação da idéia de um bebê ou de uma criança. John Bowlby nota que quase sempre existe um comportamento sexual impróprio quando as relações de apego não se desenvolvem satisfatoriamente ou tenham sido interrompidas ou cortadas. Assim, a sexualidade pervertida passou a ser vista como sintoma de um abalo inerente às relações de confiança e segurança. Os sintomas da p</span><a href="http://bp3.blogger.com/_0ND8KdmEBPM/RpMZSghgNnI/AAAAAAAAADU/IKAO6CfHB2k/s1600-h/maruo5.jpg"></a><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">erversão são resultado da angústia e uma resposta a um ataque à identidade sexual do indivíduo (masculinidade ou feminilidade).</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Para Robert Stoller, o estupro é um ato de controle e violência que usa os órgãos sexuais, e não apenas um ato sexual particularmente agressivo. Já o exibicionista procuraria estar a salvo não da polícia (ao detê-lo), mas do pavor interno de ser um homem desprezível. Stoller supõe que a perversão seja primeiramente uma defesa contra a depressão psicótica.</span></div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><div><br />Khan investiga a perversão na sua função de tática de intimidade, uma alienação do eu, uma forma de representação e uma forma de idealização do eu. Ele descreve o sexo pervertido como "<strong>trepar por intento, não por desejo</strong>". O pervertido relaciona-se não com outra pessoa num encontro intersubjetivo, mas como um cúmplice tratado como objeto subjetivo e coagido a representar a situação fantasiosa do pervertido.</div><div></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd89xDUd7uxnGlF5LuMfqeYcuuXQ-SfzeGrRGp28hMAGS4G8T11aF_9xzSHp87j8LN7dnKGRbmVO7Fx0EIToj1lKioXHQePxPRD_CpbU5Ae0s_un1_wjWOAAtV4bHeRZ2zE3xBxAdrKnM/s1600-h/eros-pensativo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5085458629719504626" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 160px; CURSOR: hand; HEIGHT: 157px" height="168" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd89xDUd7uxnGlF5LuMfqeYcuuXQ-SfzeGrRGp28hMAGS4G8T11aF_9xzSHp87j8LN7dnKGRbmVO7Fx0EIToj1lKioXHQePxPRD_CpbU5Ae0s_un1_wjWOAAtV4bHeRZ2zE3xBxAdrKnM/s200/eros-pensativo.jpg" width="164" border="0" /></a></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Estela Welldon, da Clínica Portman em Londres, argumenta que a maternidade é uma função que pode propiciar às mulheres a oportunidade de materializar fantasias de poder , o que faria os bebês serem usados como objetos maternos.</span></div><div><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"></span> </div><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Na função biológica, de acordo com Freud, as duas pulsões fundamentais atuam uma contra a outra ou se juntam. Assim, o ato de comer é uma destruição do objeto com o objetivo final de incorporá-lo, e o ato sexual é um ato de agressão com o propósito da mais íntima união.</span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><span style="color:#660000;">Se a sexualidade e o apetite são uma fusão de Eros e Tânatos, se a sedução é uma agressão, então o que é o amor?</span></span></div></div></div></div></div>Le mie Osservazionihttp://www.blogger.com/profile/02159144059810768121noreply@blogger.com0