Caipora faz Monografia

Faz um ano que eu não escrevo aqui! Tanta poesia, tanta divÃgação, toda a externalização sob pressão adiada pela correria, trabalho e faculdade, todo o dia, de uma cidade para a outra.

Esta tarde ví minhas duas últimas notas de exame na Unip. Não foram as melhores, mas me garantiram média para dizer: ESTOU FORMADO.

Gosto do que cursei.

Não fui de comparecer em toda a santa aula, por ser ocupado, mais do que eu mesmo gostaria. Não fui de fazer relacionamentos excessivos, ou tão profundos que me fizessem compartilhar com os outros um compromisso de "fidelidade, oh!", que nem eu nem ninguém em verdade assumiu sequer consigo próprio. Não fui de puxar saco, fui autêntico, gostando dos professores com meu gostar verdadeiro, correto ou não. E acima de tudo, não fui perfeito, com orgulho fui errante e contei com espertezas, ao invés de contar com dificuldades. E em algumas vezes, também descobrí que é melhor estudar sozinho.

Discutir eternidades de razões: perda de tempo - preferí evitar ao máximo que pude, e quando não pude, creio ter atuado bem.

Sim, há aprendizados inesperados, graças aos Céus, e aprendizados esperados também (alerta para adiamentos excessivos). Flexibilidade e estabilidade juntas, e toda a impermanência prevista e não prevista.

É sensacional.

Fumei tanto, feito uma Caipora, assim como outros das Monografias, durmí tão pouco e fiquei tão cansado! Afora isso, me sinto hoje o homem mais disposto do mundo. Amanhã, quando eu acordar, estarei novamente cansado, claro, mas não serei o mesmo. Aos 33 anos, termino uma Faculdade que tanto quís pagar e ainda não tinha conseguido. E pra falar a verdade, ainda faltam algumas parcelinhas! So sorry...

RISOS!

Sim, o Trabalho de Conclusão de Curso foi parecendo distante, foram tantas coisinhas bestas, desde uma primeira tentativa, dissolvida com um grupo. Exercícios de razões e inflexibilidades: muitos, graciosamente realizados do externo para o interno, e através de meditações não-institucionalizadas.

E eu? "Nem aí" pra contra-torcida!

Foi um divisor de águas. Cada um, agora formado, cairá em si sobre o feito, em 'fazimento', e por fazer. Aliás, isto é algo de uma complexidade tamanha, que não exclui ninguém, e obviamente, antes que se considere isto subjetivo ou ambíguo: não, também não me exclui, não sou adepto do jargão "você é culpado primeiro!".

Estou feliz e (.)

E bebí neste dia D da apresentação, e bebo também hoje. Escrevo com um bom vinho na taça. E aguardo um mundo melhor, a começar pelo meu particular, com a alma em comemoração. Baco, como é bom beber pela felicidade!

INovadas relações emocionais. Verdes que verdejam sem esteriótipos, apoiados por uma linguagem que vê vários tons.

Era isso, era aquilo, blablablá... Foi-se! Agora o que é, simplesmente é e, sim, que o seja em múltiplas interpretações, da minha eu pago o preço. Sou recém-formado, trabalho com uma área diferente, estou solteiro, e quero continuar a estudar.

O que vou fazer? Pensarei, com minha mente melhor situada sobre possíveis resultados. E já me desfaço sobre obsessões destes mesmos resultados.

Sei e não sei, me formei hoje.

Um felicíssimo Natal e um Bom Ano Novo para todos.

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